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Abstract
Este estudo analisa no texto Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, o processo de estilização, meio pelo qual o autor tece suas críticas à sociedade. Fundamenta-se nos estudos realizados por Afonso Romano de Sant´Anna sobre a estilização, a partir das ideias de Tynianov e Mikhail Bakthin, que entende o discurso como espaço de inter-relações, tendo a enunciação como ato verbal e extraverbal, produto que, enquanto processo, reitera em si as marcas de sua tessitura. Sustenta a ideia de que o texto suassuniano, recorrendo-se à sátira, à comédia e ao humor, não se prende única e exclusivamente aos autos vicentinos, visto que as especificidades do gênero encontram disseminadas no próprio fazer-literário, e que a criatividade da obra estilizada tem o dialogismo como gesto semântico e não como gesto destruidor. Conclui que a pluralidade de textos presente em Auto da Compadecida emerge de um processo de
revitalização do romanceiro nordestino.