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Abstract
A mídia ocidental costuma considerar a política externa da Rússia em conflitos internacionais como obstrucionista e irracional, porque as relações de cooperação, parceria estratégica e padrões internacionais compartilhados entre a Rússia e o Ocidente há algumas décadas mudaram para uma nova era de confronto. O objetivo deste estudo é analisar a justificativa das intervenções russas na autodeterminação das nações com o argumento de autodefesa de manutenção das normas de integridade territorial e soberania. Foi apresentado um estudo bibliográfico que investigou qualitativamente os princípios do direito internacional público quanto ao contrapeso da Rússia aos Estados Unidos/países europeus e ao temor de ameaças à segurança. Os resultados mostram a percepção de que a Rússia se desvia das normas do direito internacional no contexto das relações políticas pós-soviéticas, como visto nos conflitos em Kosovo, Iraque, Ossétia do Sul/Abkházia, Líbia e Síria, que levaram à crise na Ucrânia e a anexação da península da Crimeia.