E.L.M. da Rosa, F. Vesely, J. Isbell, Nicholas D. Fedorchuk
{"title":"As geleiras carboníferas no sul do Brasil","authors":"E.L.M. da Rosa, F. Vesely, J. Isbell, Nicholas D. Fedorchuk","doi":"10.5380/geo.v78i0.78669","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Era Glacial Neopaleozoica (362 a 256 Ma) deixou um registro nas bacias sedimentares Gondwânicas na forma de depósitos e feições erosivas glaciogênicas. A glaciação é registrada na Bacia do Paraná nos estratos do Grupo Itararé e em sua discordância basal caracterizada por diversas estruturas erosivas. Estruturas erosivas, como superfícies estriadas, e diamictitos são amplamente empregados tanto na caracterização de aspectos paleoglaciológicos como na definição do paleofluxo de geleiras e suas áreas-fontes. Entretanto, superfícies estriadas também são geradas por quilhas de icebergs, assim como diamictitos são gerados por outros processos não-glaciais. No sul do Brasil, o avanço das geleiras carboníferas esculpiu diferentes feições sobre o embasamento do Grupo Itararé, sendo interpretadas como produto de diferentes cenários de glaciação. No Paraná, geleiras não confinadas e de base plana avançaram predominantemente sobre arenitos devonianos da Formação Furnas. Em Santa Catarina, o avanço de geleiras sobre terrenos ígneos e metamórficos resultou em uma discordância de topografia muito irregular que sugere a presença de corredores de gelo. No Rio Grande do Sul, uma série de paleovales glaciais são interpretados como o produto da ação glacial sobre o escudo riograndense. Entretanto, há controvérsia sobre o controle tectônico versus glacial na geração destes paleovales. O estudo detalhado da ação glacial vem refinando o entendimento sobre a complexa glaciação que ocorreu no sul do Brasil durante o Carbonífero.","PeriodicalId":41628,"journal":{"name":"Boletim Paranaense de Geociencias","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.5000,"publicationDate":"2021-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim Paranaense de Geociencias","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/geo.v78i0.78669","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOSCIENCES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
A Era Glacial Neopaleozoica (362 a 256 Ma) deixou um registro nas bacias sedimentares Gondwânicas na forma de depósitos e feições erosivas glaciogênicas. A glaciação é registrada na Bacia do Paraná nos estratos do Grupo Itararé e em sua discordância basal caracterizada por diversas estruturas erosivas. Estruturas erosivas, como superfícies estriadas, e diamictitos são amplamente empregados tanto na caracterização de aspectos paleoglaciológicos como na definição do paleofluxo de geleiras e suas áreas-fontes. Entretanto, superfícies estriadas também são geradas por quilhas de icebergs, assim como diamictitos são gerados por outros processos não-glaciais. No sul do Brasil, o avanço das geleiras carboníferas esculpiu diferentes feições sobre o embasamento do Grupo Itararé, sendo interpretadas como produto de diferentes cenários de glaciação. No Paraná, geleiras não confinadas e de base plana avançaram predominantemente sobre arenitos devonianos da Formação Furnas. Em Santa Catarina, o avanço de geleiras sobre terrenos ígneos e metamórficos resultou em uma discordância de topografia muito irregular que sugere a presença de corredores de gelo. No Rio Grande do Sul, uma série de paleovales glaciais são interpretados como o produto da ação glacial sobre o escudo riograndense. Entretanto, há controvérsia sobre o controle tectônico versus glacial na geração destes paleovales. O estudo detalhado da ação glacial vem refinando o entendimento sobre a complexa glaciação que ocorreu no sul do Brasil durante o Carbonífero.