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Abstract
O presente artigo discorre sobre a biblioteca escolar como pauta de reivindicação popular no Brasil, verificando que a imagem desta unidade de informação coopera para a perpetuação de sua invisibilidade social. Ao examinarmos as alçadas externas à essas comunidades discursivas, a biblioteca escolar encontra-se fora da visibilidade dos direitos, desejos e necessidades informacionais da comunidade escolar brasileira. A ideia defendida, com base nas evidências coletadas, na documentação e estudos sobre o fenômeno e as vivências em campo pela autora, ao longo dos últimos trinta anos de exercício profissional, denotam que existe um território a ser conquistado: fazer com que a biblioteca escolar (com acervo, tecnologias e a pessoa bibliotecária) integre a pauta de reivindicação popular no Brasil, como direito inerente às crianças, adolescentes e adultos em processo de educação formal, e dever do Estado. Como constatações da discussão, verificou-se como prioritário que a universalização da biblioteca escolar seja integrada às prioridades de Advocacy da Biblioteconomia. Concluiu-se que, na edificação da universalização da biblioteca escolar no Brasil, dois caminhos são apontados para que isso aconteça: proporcionar experiências mais dinâmicas, inclusivas e de desenho universal e criar possibilidades de contato com o conhecimentos e suas fontes, para além dos conteúdos programáticos. Isso poderá se concretizar, por meio da atuação do profissional bibliotecário, inserido entre os especialistas da equipe multidisciplinar dos sistemas escolares.