Patrícia Furtado de Mendonça, A. A. Vieira, A. Bueno, José Maria Andrade Lopes
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Abstract
Objetivo: Avaliar se o momento da administração do surfactante influencia na evolução clínica de recém nascidos muito pré-termos. Métodos: Estudo observacional com dados coletados prospectivamente de recém nascidos muito pré-termos e suas mães, divididos em dois grupos: grupo 1 = 28 a 29 semanas e 6 dias, grupo 2 = 30 a 31 semanas e 6 dias. Cada grupo foi dividido em administração precoce de surfactante (até duas horas de vida) e administração tardia de surfactante (mais de duas horas de vida) e então, comparados quanto às características perinatais, a presença de morbidades e mortalidade. As variáveis contínuas foram comparadas pelo teste t de Student ou teste não paramétrico; as variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado. A regressão logística foi utilizada para avaliar a associação entre as variáveis significantes. Foi utilizado o pacote estatístico SPSS 16.0 e um valor de p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Seiscentos prematuros foram avaliados no grupo 1 e 503 no grupo 2. A administração precoce de surfactante no grupo 1 foi mais frequente em prematuros de menor peso e idade gestacional ao nascimento e foi associada a hemorragia peri e intraventricular grave; nos dois grupos, a necessidade de intubação orotraqueal na sala de parto aumentou a chance de administração precoce de surfactante exógeno. A morbidade e a mortalidade não foram diferentes entre os grupos. Conclusões: O momento da administração do surfactante não influenciou a evolução clínica e a mortalidade neonatal em recém nascidos muito pré-termos.