{"title":"Editoriais sobre a pandemia do coronavírus: a modalidade facultativa","authors":"André Silva Oliveira","doi":"10.4013/cld.2021.191.05","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa no gênero jornalístico opinativo, o editorial. Para isso, recorremos aos estudos relativos à modalização discursiva e à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004), que define a modalidade facultativa como aquela referente às capacidades e às habilidades intrínsecas e adquiridas. Assim sendo, foram selecionados 60 editorias, disponibilizados online no site do jornal O Diário do Nordeste, cujo conteúdo abordava os efeitos da pandemia do coronavírus. Após a análise da modalidade facultativa nos editoriais, verificou-se que ocorre, preferencialmente, a não-inclusão [-inclusão] do falante na incidência do valor modal, elegendo orientações modais para o Evento, fazendo com a facultatividade instaurada fosse menos enfática [-categórica] e com enunciados modalizados de forma positiva [+positivo]. Ao instaurar a modalidade facultativa, o editorialista fez uso, majoritariamente, de auxiliares modais, flexionados no presente do indicativo, o que aproxima a modalidade facultativa do aspecto realis, ou no presente do subjuntivo, o que a aproxima do aspecto irrealis. Por fim, concluiu-se a relevância da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa, em que esta é engendrada no discurso tendo em vista as intenções e os propósitos comunicativos do editorialista. \nPalavras-chave: Modalização Discursiva; Modalidade Facultativa; Argumentação. ","PeriodicalId":39076,"journal":{"name":"Calidoscopio","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Calidoscopio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4013/cld.2021.191.05","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa no gênero jornalístico opinativo, o editorial. Para isso, recorremos aos estudos relativos à modalização discursiva e à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004), que define a modalidade facultativa como aquela referente às capacidades e às habilidades intrínsecas e adquiridas. Assim sendo, foram selecionados 60 editorias, disponibilizados online no site do jornal O Diário do Nordeste, cujo conteúdo abordava os efeitos da pandemia do coronavírus. Após a análise da modalidade facultativa nos editoriais, verificou-se que ocorre, preferencialmente, a não-inclusão [-inclusão] do falante na incidência do valor modal, elegendo orientações modais para o Evento, fazendo com a facultatividade instaurada fosse menos enfática [-categórica] e com enunciados modalizados de forma positiva [+positivo]. Ao instaurar a modalidade facultativa, o editorialista fez uso, majoritariamente, de auxiliares modais, flexionados no presente do indicativo, o que aproxima a modalidade facultativa do aspecto realis, ou no presente do subjuntivo, o que a aproxima do aspecto irrealis. Por fim, concluiu-se a relevância da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa, em que esta é engendrada no discurso tendo em vista as intenções e os propósitos comunicativos do editorialista.
Palavras-chave: Modalização Discursiva; Modalidade Facultativa; Argumentação.