Débora Sayuri Zanchi Watanabe, Eduardo Guimarães Barboza, M. L. S. Rosa, S. R. Dillenburg, F. Caron, Matias Do Nascimento Ritter, Volney Junior Borges de Bitencourt, Rogério Portantiollo Manzolli
{"title":"Geomorfologia e padrões de empilhamento da barreira holocênica no Litoral Norte do Rio Grande do Sul","authors":"Débora Sayuri Zanchi Watanabe, Eduardo Guimarães Barboza, M. L. S. Rosa, S. R. Dillenburg, F. Caron, Matias Do Nascimento Ritter, Volney Junior Borges de Bitencourt, Rogério Portantiollo Manzolli","doi":"10.20502/rbg.v24i1.2223","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Barreiras costeiras podem exibir uma variedade de características estratigráficas e morfologias, refletindo os fatores condicionantes da sua formação e desenvolvimento atuantes em diferentes escalas temporais (secular e milenar) e espaciais, determinando padrões de empilhamento estratigráfico distintos. Neste trabalho, investiga-se a barreira holocênica no litoral norte do Rio Grande do Sul, entre o balneário de Dunas Altas e a cidade de Xangri-Lá, com o objetivo de analisar em detalhe a extensão e as características dos setores que apresentam padrões de empilhamentos estratigráficos progradacionais e retrogradacionais. Assim, perfis de Georadar (GPR) foram adquiridos perpendicularmente à linha de costa, ao longo de 65 km. Uma sondagem SPT foi realizada até 20,45 m de profundidade e a análise morfológica da barreira holocênica foi conduzida através de modelo digital de superfície (TanDEM-X). Definiram-se intercalações longitudinais no padrão de empilhamento estratigráfico da barreira. Dunas Altas apresenta um padrão de empilhamento estratigráfico progradacional. Em Quintão, 6,5 km ao norte, a barreira muda seu padrão de empilhamento estratigráfico para retrogradacional. Esse padrão se mantém até Tramandaí Sul, onde se altera para progradacional em um intervalo de 1 km, mantendo-se assim até Xangri-Lá. A delimitação dos padrões de empilhamento estratigráfico distintos possibilitou o entendimento do comportamento da barreira em uma escala de longo período, representando também uma importante contribuição à gestão costeira, principalmente no que diz respeito à delimitação de setores com comportamento erosivo.","PeriodicalId":44382,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Geomorfologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.5000,"publicationDate":"2023-03-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Geomorfologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20502/rbg.v24i1.2223","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY, PHYSICAL","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Barreiras costeiras podem exibir uma variedade de características estratigráficas e morfologias, refletindo os fatores condicionantes da sua formação e desenvolvimento atuantes em diferentes escalas temporais (secular e milenar) e espaciais, determinando padrões de empilhamento estratigráfico distintos. Neste trabalho, investiga-se a barreira holocênica no litoral norte do Rio Grande do Sul, entre o balneário de Dunas Altas e a cidade de Xangri-Lá, com o objetivo de analisar em detalhe a extensão e as características dos setores que apresentam padrões de empilhamentos estratigráficos progradacionais e retrogradacionais. Assim, perfis de Georadar (GPR) foram adquiridos perpendicularmente à linha de costa, ao longo de 65 km. Uma sondagem SPT foi realizada até 20,45 m de profundidade e a análise morfológica da barreira holocênica foi conduzida através de modelo digital de superfície (TanDEM-X). Definiram-se intercalações longitudinais no padrão de empilhamento estratigráfico da barreira. Dunas Altas apresenta um padrão de empilhamento estratigráfico progradacional. Em Quintão, 6,5 km ao norte, a barreira muda seu padrão de empilhamento estratigráfico para retrogradacional. Esse padrão se mantém até Tramandaí Sul, onde se altera para progradacional em um intervalo de 1 km, mantendo-se assim até Xangri-Lá. A delimitação dos padrões de empilhamento estratigráfico distintos possibilitou o entendimento do comportamento da barreira em uma escala de longo período, representando também uma importante contribuição à gestão costeira, principalmente no que diz respeito à delimitação de setores com comportamento erosivo.
期刊介绍:
The Revista Brasileira de Geomorfologia are focused on research, analysis and application of knowledge for the development of models of large sets of relief; fluvial dynamics; the processes of aspects, such as erosion and mass movements and their impact; survey, assessment and recovery of degraded areas; surveys and assessments of natural resources; thematic mapping and integrated relief; environmental zoning; among other relevant aspects of the land relief on any scale. From a technical and instrumental basis for the development of these studies, studies that use instruments to the survey, the interpretation and generalization of data on various aspects of the Earth''s surface, including the forms of occupation and use (s) company (s) human (s). As well as the use and integration of methods and techniques that enable geo technical and instrumental character important in scientific production and the definition of public policies.