{"title":"Estilo de vida dos adolescentes e jovens adultos e comportamentos desviantes e delinquentes: Das vivências familiares, escolares e individuais","authors":"S. Caridade, A. Martins, Laura Nunes","doi":"10.31211/RPICS.2019.5.1.106","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: O conhecimento do estilo de vida dos jovens revela-se fundamental para a identificação e intervenção nos comportamentos de risco e na promoção de oportunidades de desenvolvimento dos jovens. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo a caraterização do estilo de vida dos jovens e dos seus eventuais comportamentos desviantes e delinquentes. Método: A amostra foi constituída por 80 jovens (M = 19 anos; DP= 2,60), sendo 56% rapazes. Para efeito da recolha de dados recorreu-se a um inquérito por questionário construído para o efeito do presente estudo. Resultados: Os inquiridos relataram inexistência de supervisão parental, falta de imposição de regras, existência de conflitos com os pares, professores e funcionários, bem como ausência de hábitos de estudo e de atividades extracurriculares; admitiram, ainda, passar mais tempo entre pares do que com os familiares. Admitiram, ainda, ter já adotado diferentes condutas desviantes e delinquentes ou mesmo criminais (e.g., agressões para com colegas, professores e funcionários, causar dano intencional em objetos de outros, estar envolvidos em grupos de pares desviantes, invadir propriedades privadas, e participar em furtos, e em tráfico de droga). Estes comportamentos foram mais assumidos por rapazes. Conclusões: Importa, deste modo, que os esforços de prevenção da delinquência considerem o grupo de jovens que precocemente manifestam comportamentos desviantes, dado o seu maior risco para o desenvolvimento de futuras formas de inadaptação social, incidindo igualmente sobre o meio escolar e familiar.","PeriodicalId":52016,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Investigacao Comportamental e Social","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"6","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Portuguesa de Investigacao Comportamental e Social","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31211/RPICS.2019.5.1.106","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"SOCIAL SCIENCES, INTERDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Objetivo: O conhecimento do estilo de vida dos jovens revela-se fundamental para a identificação e intervenção nos comportamentos de risco e na promoção de oportunidades de desenvolvimento dos jovens. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo a caraterização do estilo de vida dos jovens e dos seus eventuais comportamentos desviantes e delinquentes. Método: A amostra foi constituída por 80 jovens (M = 19 anos; DP= 2,60), sendo 56% rapazes. Para efeito da recolha de dados recorreu-se a um inquérito por questionário construído para o efeito do presente estudo. Resultados: Os inquiridos relataram inexistência de supervisão parental, falta de imposição de regras, existência de conflitos com os pares, professores e funcionários, bem como ausência de hábitos de estudo e de atividades extracurriculares; admitiram, ainda, passar mais tempo entre pares do que com os familiares. Admitiram, ainda, ter já adotado diferentes condutas desviantes e delinquentes ou mesmo criminais (e.g., agressões para com colegas, professores e funcionários, causar dano intencional em objetos de outros, estar envolvidos em grupos de pares desviantes, invadir propriedades privadas, e participar em furtos, e em tráfico de droga). Estes comportamentos foram mais assumidos por rapazes. Conclusões: Importa, deste modo, que os esforços de prevenção da delinquência considerem o grupo de jovens que precocemente manifestam comportamentos desviantes, dado o seu maior risco para o desenvolvimento de futuras formas de inadaptação social, incidindo igualmente sobre o meio escolar e familiar.