{"title":"As “crianças da zika” segundo nos contaram os jornais brasileiros: uma leitura retrospectiva a partir da cobertura noticiosa","authors":"A. Barros","doi":"10.26664/issn.2238-5126.101202111795","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Parte-se da premissa de que a epidemia de Zika seria uma história não acabada, na medida em que suas consequências se estenderão para sempre. Estão estampadas nas sequelas sofridas pelas crianças acometidas pela síndrome congênita – deficientes múltiplos, que seguirão demandando, de suas famílias e do Estado, cuidados perenes. Desse modo, foi encaminhada uma pesquisa documental que analisou a narrativa de jornais brasileiros de grande circulação sobre a Síndrome Congênita do Zika-Vírus/Microcefalia, recortada ao longo dos dois e meio primeiros anos da cobertura noticiosa. Interessava saber como se deu o enquadramento discursivo acerca dos efeitos dos danos neurológicos e das anomalias, na infância e na vida futura dos bebês afetados. Conclui-se que essa permanência histórica da epidemia de microcefalia e, portanto, da Síndrome Congênita do Zika, não foi adequadamente antecipada pelos jornais que noticiaram o fenômeno naquela época.","PeriodicalId":32392,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Historia da Midia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Historia da Midia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.101202111795","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Parte-se da premissa de que a epidemia de Zika seria uma história não acabada, na medida em que suas consequências se estenderão para sempre. Estão estampadas nas sequelas sofridas pelas crianças acometidas pela síndrome congênita – deficientes múltiplos, que seguirão demandando, de suas famílias e do Estado, cuidados perenes. Desse modo, foi encaminhada uma pesquisa documental que analisou a narrativa de jornais brasileiros de grande circulação sobre a Síndrome Congênita do Zika-Vírus/Microcefalia, recortada ao longo dos dois e meio primeiros anos da cobertura noticiosa. Interessava saber como se deu o enquadramento discursivo acerca dos efeitos dos danos neurológicos e das anomalias, na infância e na vida futura dos bebês afetados. Conclui-se que essa permanência histórica da epidemia de microcefalia e, portanto, da Síndrome Congênita do Zika, não foi adequadamente antecipada pelos jornais que noticiaram o fenômeno naquela época.