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Abstract
O artigo resgata a história do uso do material de agências de notícias na imprensa brasileira antes da instalação do cabo telegráfico submarino de 1874, que frequentemente é tomada como marco inicial para a atuação dessas empresas no país. Recorrendo a buscas textuais no acervo da Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional, o levantamento propõe uma nova datação para a relação entre jornais e agências no Brasil, retrocedendo a 1851, com as primeiras menções a uma agência de notícias na imprensa brasileira (a austríaca KKTK), e intensificando-se em 1854, na cobertura da Guerra da Crimeia. No intervalo desde então até a instalação do cabo, foram identificadas mais de 500 citações a despachos de agências de notícias europeias (Havas, Reuters, Stefani, Fabra, Lejolivet) e uma norte-americana (Associated Press) nos jornais digitalizados. A pesquisa, assim, contesta a datação convencionada na historiografia canônica da imprensa no Brasil e propõe uma perspectiva de evolução gradual, e não repentina, da influência das agências sobre os jornais brasileiros.