{"title":"DIFUSÃO ESPACIAL DO SARS-CoV-2 (NOVO CORONAVÍRUS) NO MUNICÍPIO DE NITERÓI – RJ","authors":"Marcelle Dos Santos Rodrigues, A. C. Oscar Júnior","doi":"10.12957/geouerj.2023.77135","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Após o surgimento do coronavírus na China em 2019, houve rápida disseminação por todos os continentes, levando a Organização Mundial da Saúde declarar uma situação de pandemia em 11 de março de 2020. Portanto, um esforço global se desenvolveu no combate à COVID-19, envolvendo a promulgação de atos administrativos em caráter emergencial como o isolamento social, fechamento de fronteiras e, mais recentemente, a implementação dos calendários vacinais. Nessa perspectiva, o município de Niterói, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi escolhido como área de estudo para compreender como ocorreu a difusão espacial do Sars-CoV-2 no primeiro ano de pandemia (janeiro de 2020 a julho de 2021), com prevalência da variante gama. No que tange aos procedimentos metodológicos, foi empregado uma análise exploratória dos dados epidemiológicos: casos e óbitos na intenção de revelar padrões espaço-temporais de difusão. Primeiramente, foi aplicado o teste estatístico de Pettitt para identificar o ponto de ruptura e mudança de tendência da série de dados. Posteriormente à aplicação do teste e estabelecimento do recorte temporal, foi utilizado a estatística da Densidade de Kernel com a produção de mapas coropléticos do padrão de difusão espacial nos bairros por semanas epidemiológicas e também mapas da taxa de incidência por bairros. Como resultado foi possível entender que a difusão espacial do vírus se deu prioritariamente via eixo de estruturação viária/mobilidade da população, estabelecido pela influência da hierarquia intramunicipal, onde bairros centrais tiveram o primeiro caso e após a estabilização houve a interiorização da disseminação.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geo UERJ","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.77135","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Após o surgimento do coronavírus na China em 2019, houve rápida disseminação por todos os continentes, levando a Organização Mundial da Saúde declarar uma situação de pandemia em 11 de março de 2020. Portanto, um esforço global se desenvolveu no combate à COVID-19, envolvendo a promulgação de atos administrativos em caráter emergencial como o isolamento social, fechamento de fronteiras e, mais recentemente, a implementação dos calendários vacinais. Nessa perspectiva, o município de Niterói, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi escolhido como área de estudo para compreender como ocorreu a difusão espacial do Sars-CoV-2 no primeiro ano de pandemia (janeiro de 2020 a julho de 2021), com prevalência da variante gama. No que tange aos procedimentos metodológicos, foi empregado uma análise exploratória dos dados epidemiológicos: casos e óbitos na intenção de revelar padrões espaço-temporais de difusão. Primeiramente, foi aplicado o teste estatístico de Pettitt para identificar o ponto de ruptura e mudança de tendência da série de dados. Posteriormente à aplicação do teste e estabelecimento do recorte temporal, foi utilizado a estatística da Densidade de Kernel com a produção de mapas coropléticos do padrão de difusão espacial nos bairros por semanas epidemiológicas e também mapas da taxa de incidência por bairros. Como resultado foi possível entender que a difusão espacial do vírus se deu prioritariamente via eixo de estruturação viária/mobilidade da população, estabelecido pela influência da hierarquia intramunicipal, onde bairros centrais tiveram o primeiro caso e após a estabilização houve a interiorização da disseminação.