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Abstract
Considerada uma das fundadoras da pedra angular da sociologia urbana, a assim chamada Escola Sociológica de Chicago foi responsável por um dos mais ousados esforços de elaboração de síntese teórica no moderno campo sociológico, encontrando relevantes pontos de contato entre as teorias de Georg Simmel e Ferdinand Tönnies, para mencionar dois “cânones” ainda não muito referenciados nos dias de hoje. Tomando a cidade (ou o “fenômeno urbano”) como sua unidade de análise por excelência, promoveu, lado a lado a uma perspectiva teórica original, uma vigorosa agenda de pesquisa e refinada abordagem empírica dos fenômenos sociais urbanos, inclusive, abrindo passagem para o desenvolvimento ulterior de outras linhagens sociológicas. O objetivo desse artigo é realizar um breve e modesto balanço do repertório e da gramática conceitual elaborados no período formativo da Escola de Chicago, especialmente através da contribuição de figuras pioneiras de Robert Park, Roderick McKenzie e Ernest Burgess. Considero que o movimento teórico/programa de pesquisa conhecido como Ecologia Humanafoi o primeiro a buscar uma solução, fortemente ancorada em uma abordagem empírica, para compreender as correlações possíveis entre certas configurações sócio-espaciais e disposições comportamentais dos indivíduos em sociedades urbanas modernas, contribuindo para a emergência e consolidação da noção de sociabilidade urbana.