Renata Soares Motta, Maria Manuela Martinho Ferreira
{"title":"Agarrando uma “minhocastanha”","authors":"Renata Soares Motta, Maria Manuela Martinho Ferreira","doi":"10.21680/1981-1802.2022v60n65id30266","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As sociedades urbanas ocidentais, separando a natureza da cultura, das crianças, da educação e da vida há séculos, instauraram uma dicotomia que persiste mesmo nas práxis e nas investigações que promovem o contato de crianças pequenas com o mundo “natural”. Dialogando com os estudos críticos da infância, novos materialismos, pós-humanismos e epistemologias ecológicas visamos contribuir para repensar “nossos” modos de ser/estar no mundo para além das tradições dicotômicas e compor um olhar acerca das crianças como seres enredados em várias naturezas-culturas. Com base em pesquisa etnográfica com crianças de um Jardim de infância privado ao “ar livre” em Portugal, analisa-se e discute-se como as crianças se relacionam com uma floresta e como esta se emaranha em suas brincadeiras. O engajamento das crianças e vidas mais-que-humanas – pássaros, pinheiros, castanhas – em modos de ser/estar coletivos, dá pistas para reposicionar as práticas educativas num mundo comum, heterogêneo e interdependente, valorizando um espírito de companheirismo e parentesco.","PeriodicalId":31242,"journal":{"name":"Revista Educacao em Questao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Educacao em Questao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/1981-1802.2022v60n65id30266","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
As sociedades urbanas ocidentais, separando a natureza da cultura, das crianças, da educação e da vida há séculos, instauraram uma dicotomia que persiste mesmo nas práxis e nas investigações que promovem o contato de crianças pequenas com o mundo “natural”. Dialogando com os estudos críticos da infância, novos materialismos, pós-humanismos e epistemologias ecológicas visamos contribuir para repensar “nossos” modos de ser/estar no mundo para além das tradições dicotômicas e compor um olhar acerca das crianças como seres enredados em várias naturezas-culturas. Com base em pesquisa etnográfica com crianças de um Jardim de infância privado ao “ar livre” em Portugal, analisa-se e discute-se como as crianças se relacionam com uma floresta e como esta se emaranha em suas brincadeiras. O engajamento das crianças e vidas mais-que-humanas – pássaros, pinheiros, castanhas – em modos de ser/estar coletivos, dá pistas para reposicionar as práticas educativas num mundo comum, heterogêneo e interdependente, valorizando um espírito de companheirismo e parentesco.