C. M. Corradi-Webster, Eduardo Augusto Leão, Lívia Sicaroni Rufato
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Abstract
A experiência de ouvir vozes é comum na população em geral e muito encontrada em usuários de serviços de saúde mental. Tradicionalmente, o tratamento psiquiátrico concentra seus esforços na eliminação destas, dando pouca atenção para a experiência em si. Mesmo com o uso de medicamentos, muitas pessoas continuam a ouvir vozes e não encontram espaço para conversar e refletir sobre esta vivência. O objetivo deste artigo é descrever a experiência de trabalho com um Grupo de Ouvidores de Vozes e analisar como ouvidores vivenciam o fenômeno das vozes e a experiência com o grupo. Foi realizado relato de experiência de proposição e participação de um Grupo de Ouvidores de Vozes e conduzida análise temática de 10 relatos de memória de encontros grupais. O grupo descrito é aberto, acontece semanalmente e tem uma hora de duração. Conta com a participação de ouvidores e profissionais. Os ouvidores mais antigos no grupo responsabilizam-se pela realização do contrato grupal. Nos encontros são compartilhados os relacionamentos com as vozes, desde o relato de suas características, até as estratégias que vão sendo desenvolvidas para melhorar o relacionamento com elas. O grupo também foi apontado pelos ouvidores com um espaço de construção de redes de apoio, para além dos momentos dos encontros grupais. Para os profissionais, tem colaborado para se aproximarem das experiências dos usuários do serviço, auxiliando-os a serem agentes que colaboram na trajetória de superação dos ouvidores.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a01