Giovanni Felipe Catenaci, Paulo Augusto De Souza Nogueira
{"title":"Cinema e religião: teorias de processos recursivos e de transformações.","authors":"Giovanni Felipe Catenaci, Paulo Augusto De Souza Nogueira","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p181-219","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo sustentar a plausibilidade da seguinte hipótese: as imagens religiosas presentes no cinema de Sergei Eisenstein são elementos poderosos no sentido de nos fazer pensar e agir diferente. Para tanto, nossos esforços concentrar-se-ão em dois sentidos principais. Em um primeiro momento vamos a busca de fundamentar teoricamente a apropriação de Gilles Deleuze em relação a epistemologia de Henri Bergson. Com isso, importa-nos pavimentar a compreensão dos principais conceitos deleuzeanos, presentes em Cinema I – A imagem-movimento (1983), e em parte Cinema II- A imagem-tempo (1985). Ainda neste primeiro momento, passaremos às análises realizadas por Deleuze sobre o cinema de Eisenstein. Aqui, nosso foco específico é apresentar em linhas gerais, o que o filósofo francês entende por montagem soviética. Desta feita, passaremos a apresentação dos aspectos da reflexão de Eisenstein sobre o cinema e sua relação com as estruturas arcaicas de pensamento, e como isso se alinha ao seu desejo de provocar nos espectadores afetos e disposições desconhecidas. Finalmente, com vistas a reforçar nossa hipótese, investiremos atenção na análise de três filmes A greve (1925), Encouraçado Potemkin (1925), e Que viva México! (1979). ","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos de Religiao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p181-219","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo tem por objetivo sustentar a plausibilidade da seguinte hipótese: as imagens religiosas presentes no cinema de Sergei Eisenstein são elementos poderosos no sentido de nos fazer pensar e agir diferente. Para tanto, nossos esforços concentrar-se-ão em dois sentidos principais. Em um primeiro momento vamos a busca de fundamentar teoricamente a apropriação de Gilles Deleuze em relação a epistemologia de Henri Bergson. Com isso, importa-nos pavimentar a compreensão dos principais conceitos deleuzeanos, presentes em Cinema I – A imagem-movimento (1983), e em parte Cinema II- A imagem-tempo (1985). Ainda neste primeiro momento, passaremos às análises realizadas por Deleuze sobre o cinema de Eisenstein. Aqui, nosso foco específico é apresentar em linhas gerais, o que o filósofo francês entende por montagem soviética. Desta feita, passaremos a apresentação dos aspectos da reflexão de Eisenstein sobre o cinema e sua relação com as estruturas arcaicas de pensamento, e como isso se alinha ao seu desejo de provocar nos espectadores afetos e disposições desconhecidas. Finalmente, com vistas a reforçar nossa hipótese, investiremos atenção na análise de três filmes A greve (1925), Encouraçado Potemkin (1925), e Que viva México! (1979).