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Abstract
Este artigo é um estudo sobre História do cerco de Lisboa (2011), do escritor José Saramago. O objetivo é estabelecer relações entre a obra literária e a teoria da ironia e da paródia. Buscamos, pois, destacar aspectos dessas categorias na composição da narrativa, considerando o papel crítico do narrador na reconstrução dos acontecimentos historiográficos. A partir da consideração deste romance como uma metaficção historiográfica, constatamos que, tanto através da mobilização da ironia, como por meio da paródia, é construído na narrativa um dizer crítico criado a partir da ficção em oposição a um discurso histórico cristalizado, considerado como único e absoluto, a História da Tradição. Respaldamo-nos em vários estudos que se voltam para a ironia e a paródia no romance histórico contemporâneo, desenvolvendo nossa leitura a partir do método da crítica textual, por meio de uma pesquisa bibliográfica de base interpretativa. Para embasar as nossas reflexões, trouxemos como aporte teórico, dentre outros, Linda Hutcheon (1989, 1991), Maria de Fátima Marinho (1999), Brandão (1945) e Eduardo Calbucci (1999). Com isso, elucidamos alguns aspectos que mostram como o romance histórico contemporâneo História do cerco de Lisboa (2011) faz a sua releitura da História.
本文是对里斯本围城(2011)历史的研究,作者是jose Saramago。目的是建立文学作品与反讽和戏仿理论之间的关系。因此,考虑到叙述者在史学事件重建中的关键作用,我们试图在叙事构成中突出这些类别的各个方面。从这个小说作为一个史学metaficção,我们注意到,通过动员的讽刺,因为占主导的中央,是建立在小说叙事的关键是创造出来的而不是水晶历史话语,被视为唯一的和绝对的历史传统。我们以当代历史小说中的反讽和戏仿为研究基础,从文本批评的方法出发,通过解释性的文献研究来发展我们的阅读。为了支持我们的反思,我们提出了理论贡献,其中包括Linda Hutcheon (1989, 1991), Maria de fatima Marinho (1999), brandao(1945)和Eduardo Calbucci(1999)。因此,我们阐明了当代历史小说historia do cerco de Lisboa(2011)如何重新解读历史的一些方面。