Mariana Silveira Echeverria, S. C. Dumith, A. R. Silva
{"title":"Prevalência e fatores associados a dor dentária - estudo de base populacional com adultos e idosos do sul do Brasil","authors":"Mariana Silveira Echeverria, S. C. Dumith, A. R. Silva","doi":"10.1590/1807-2577.03920","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Introdução A dor dentária, ou odontalgia, é definida como uma dor de origem orofacial, que ocorre como consequência dos problemas que afetam os dentes e as estruturas de suporte. Objetivo O objetivo do presente estudo foi analisar os fatores associados à dor dentária em indivíduos com 18 anos ou mais de idade, no município de Rio Grande-RS, ao sul do Brasil. Material e método Estudo transversal de base populacional. Foram entrevistados, no domicílio, 1.099 indivíduos, por meio de um questionário com questões fechadas. Foram obtidas informações demográficas, socioeconômicas e relativas a hábitos e comportamentos de saúde geral e bucal. O relato de dor dentária nos seis meses anteriores ao inquérito foi o desfecho do estudo. As análises foram baseadas em regressão de Poisson. Resultado A prevalência de dor dentária foi de 18,0% (IC95% 15,6; 20,4). Ao se analisar por faixa etária, a prevalência de dor dentária foi de 23,9% (IC95% 20,3; 27,4), 14,0% (IC95% 10,6; 17,5) e 10,4% (IC95% 5,8; 15,0), considerando a população adulta de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos, e a população idosa, acima de 60 anos, respectivamente. Maiores prevalências de dor origem dentária foram em indivíduos solteiros (RP=1,50; IC95% 1,11; 2,03), com menor escolaridade (menos de oito anos de estudo) (RP=1,62; IC95% 1,16; 2,27) e com o hábito de ranger os dentes (RP=1,67; IC95% 1,18; 2,38). Já os idosos apresentaram menores prevalências de dor origem dentária, quando comparados aos indivíduos adultos (RP=0,50; IC95% 0,32; 0,80). Conclusão Maior atenção deve ser dada aos solteiros, menos escolarizados, que rangem os dentes, e aos adultos jovens.","PeriodicalId":21363,"journal":{"name":"Revista de Odontologia da UNESP","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Odontologia da UNESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1807-2577.03920","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Introdução A dor dentária, ou odontalgia, é definida como uma dor de origem orofacial, que ocorre como consequência dos problemas que afetam os dentes e as estruturas de suporte. Objetivo O objetivo do presente estudo foi analisar os fatores associados à dor dentária em indivíduos com 18 anos ou mais de idade, no município de Rio Grande-RS, ao sul do Brasil. Material e método Estudo transversal de base populacional. Foram entrevistados, no domicílio, 1.099 indivíduos, por meio de um questionário com questões fechadas. Foram obtidas informações demográficas, socioeconômicas e relativas a hábitos e comportamentos de saúde geral e bucal. O relato de dor dentária nos seis meses anteriores ao inquérito foi o desfecho do estudo. As análises foram baseadas em regressão de Poisson. Resultado A prevalência de dor dentária foi de 18,0% (IC95% 15,6; 20,4). Ao se analisar por faixa etária, a prevalência de dor dentária foi de 23,9% (IC95% 20,3; 27,4), 14,0% (IC95% 10,6; 17,5) e 10,4% (IC95% 5,8; 15,0), considerando a população adulta de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos, e a população idosa, acima de 60 anos, respectivamente. Maiores prevalências de dor origem dentária foram em indivíduos solteiros (RP=1,50; IC95% 1,11; 2,03), com menor escolaridade (menos de oito anos de estudo) (RP=1,62; IC95% 1,16; 2,27) e com o hábito de ranger os dentes (RP=1,67; IC95% 1,18; 2,38). Já os idosos apresentaram menores prevalências de dor origem dentária, quando comparados aos indivíduos adultos (RP=0,50; IC95% 0,32; 0,80). Conclusão Maior atenção deve ser dada aos solteiros, menos escolarizados, que rangem os dentes, e aos adultos jovens.