Manuela Leitão de Vasconcelos, Giorvan Ânderson dos Santos Alves, Luiz Medeiros de Araujo Lima-Filho, L. Pernambuco
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Abstract
RESUMO Objetivo: descrever características relacionadas à alimentação de crianças com microcefalia, considerando via de alimentação, consistência e utensílios utilizados. Métodos: estudo descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Participaram 34 cuidadores de crianças com diagnóstico de microcefalia. Foi realizada entrevista estruturada com os cuidadores quanto à via de alimentação, amamentação, utensílios para oferta e consistência do alimento, além de aspectos sociodemográficos e de desenvolvimento global. Foi realizada análise estatística descritiva, apresentada por meio de frequências absoluta e percentual, e medidas de posição e dispersão. Resultados: os 34 cuidadores que compuseram a amostra eram responsáveis por 34 crianças nascidas entre os anos de 2015 e 2018 com diagnóstico de microcefalia de causas diversas. Dessas, 33 (97,02%) alimentaram-se por via oral durante o primeiro ano de vida, sendo que 26 (76,44%) foram amamentadas, nove delas (26,46%) de forma exclusiva até o sexto mês. Para oferta do alimento foram utilizados mamadeira, copo, colher e seringa. A consistência alimentar mais aceita pelas crianças foi a pastosa. Conclusões: observa-se baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo até o sexto mês, atraso na progressão de consistências, uso de utensílios inadequados para a idade e necessidade de adaptações para as crianças que se mantiveram em alimentação por via oral.