I. Oliveira, L. F. Andrade, Paula Licursi Prates, Tales Mistura Furtado
{"title":"TENSÕES E DESAFIOS NA INTERVENÇÃO COM HOMENS AUTUADOS PELA LEI MARIA DA PENHA: O CASO DOS GRUPOS REFLEXIVOS NO COLETIVO FEMINISTA SEXUALIDADE E SAÚDE","authors":"I. Oliveira, L. F. Andrade, Paula Licursi Prates, Tales Mistura Furtado","doi":"10.18351/2179-7137/ged.2015n1p219-240","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo propoe uma discussao sobre os grupos reflexivos com homens denunciados por crimes previstos na Lei 11.340/2006 enquanto politica publica possivel e necessaria no contexto do enfrentamento a violencia contra as mulheres. Partindo da experiencia dos grupos reflexivos e de responsabilizacao para homens autores de violencia contra mulheres desenvolvidos na ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saude, em Sao Paulo (SP), buscamos apresentar o contexto no qual se constroem tais intervencoes. Entende-se que, corroborando para a diminuicao da violencia contra as mulheres, os grupos reflexivos tambem devem funcionar como mecanismo para a reflexao e construcao de outras masculinidades. Ademais, procuramos evidenciar as relacoes de poder na qual o trabalho com homens e uma abordagem relacional menos pautada na dualidade vitima/algoz encontram resistencia para se concretizar. Diante disso, o artigo pretende refletir sobre as tensoes em torno da implantacao de grupos reflexivos com homens, observando: 1) o contexto historico no qual a Lei 11.340/2006 foi promulgada; 2) a experiencia do Coletivo Feminista Sexualidade e de outras instituicoes brasileiras no trabalho com homens autores de violencia contra as mulheres; e 3) os desafios implicados na proposta deste tipo de intervencao como parte das medidas no enfrentamento a violencia contra as mulheres.","PeriodicalId":42602,"journal":{"name":"Revista Genero & Direito","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2015-06-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Genero & Direito","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18351/2179-7137/ged.2015n1p219-240","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo propoe uma discussao sobre os grupos reflexivos com homens denunciados por crimes previstos na Lei 11.340/2006 enquanto politica publica possivel e necessaria no contexto do enfrentamento a violencia contra as mulheres. Partindo da experiencia dos grupos reflexivos e de responsabilizacao para homens autores de violencia contra mulheres desenvolvidos na ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saude, em Sao Paulo (SP), buscamos apresentar o contexto no qual se constroem tais intervencoes. Entende-se que, corroborando para a diminuicao da violencia contra as mulheres, os grupos reflexivos tambem devem funcionar como mecanismo para a reflexao e construcao de outras masculinidades. Ademais, procuramos evidenciar as relacoes de poder na qual o trabalho com homens e uma abordagem relacional menos pautada na dualidade vitima/algoz encontram resistencia para se concretizar. Diante disso, o artigo pretende refletir sobre as tensoes em torno da implantacao de grupos reflexivos com homens, observando: 1) o contexto historico no qual a Lei 11.340/2006 foi promulgada; 2) a experiencia do Coletivo Feminista Sexualidade e de outras instituicoes brasileiras no trabalho com homens autores de violencia contra as mulheres; e 3) os desafios implicados na proposta deste tipo de intervencao como parte das medidas no enfrentamento a violencia contra as mulheres.