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Abstract
Desenvolvo neste ensaio alguns argumentos que pretendem relacionar o estágio docente à concepção de comunidades de prática. Noção desenvolvida por Etienne Wenger, a comunidade de prática é pensada como um agrupamento de sujeitos que, engajados na aprendizagem do ofício pelo qual são apaixonados, reúnem-se voluntariamente para firmar, aperfeiçoar e manter esse compromisso. Tomando por base essa construção, argumento que alguns obstáculos históricos do estágio supervisionado de professores, em especial a desvinculação entre teoria e prática e o tímido diálogo entre universidade e escola, podem ser confrontados por intermédio do estabelecimento de uma comunidade de prática pedagógica. Contemplada por atores de diversas instituições, manteria sua unidade devido à paixão pelo ensinar, ao desejo de aprender e à aventura de experimentar didáticas no âmbito da diferença e da tradução pedagógica. Porém, para o êxito desse processo não teremos fórmulas prontas: os parâmetros de cada comunidade teriam que ser pautados localmente e artesanalmente.