E. Nóbrega, Lucas Fernandes, Arthur Gaia Duarte Peixoto, T. R. F. Cavalcanti
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Abstract
O excesso no uso do álcool pode causar danos nas mais diversas esferas da vida do ser humano, constituindo-se em um fator de risco para vários problemas de saúde e comportamental. Existem alguns grupos populacionais mais susceptíveis ao uso abusivo do álcool, tais como profissões de grande tensão emocional e pessoas sob grande estresse. O objetivo desse artigo é analisar o padrão do uso de álcool entre estudantes de medicina. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo com abordagem quantitativa. A população são todos 815 discentes entre o primeiro e o oitavo período da Faculdade de Medicina Nova Esperança. A amostra foi calculada com erro amostral de 11% e o nível de confiança de 95%, chegando ao resultado de 73 estudantes. Esse valor foi arredondado para 80 com o objetivo de utilizar 10 discentes de cada período e obter uma amostra mais representativa do grupo populacional. Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado. De acordo com os resultados, 93,75% dos participantes relataram já ter provado bebidas alcoólicas e 44% destes mantêm o hábito de beber. 78% das mulheres e 44,8% dos homens tiveram o primeiro contato entre 15-18 anos. A média de alunos sem hábito de beber é de 6,25 nos primeiros 4 períodos e 4,25 nos 4 últimos. Estes dados sugerem um aumento no índice de alunos com hábito de beber ao longo dos períodos. Conclui-se que geralmente o primeiro contato com o álcool é na adolescência e, apesar da grande maioria já ter experimentado bebidas alcóolicas, a maior parte dos alunos não mantiveram o hábito de beber. Foi possível observar que o hábito de beber é mais prevalente em alunos de períodos mais avançados do que os estudantes que ingressaram mais recentemente no curso.