Poliana Gomes de Oliveira Guedes, Maria Dolores Dos Santos Vieira
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Abstract
O ato de ensinar transcende as paredes da sala de aula e se alinha com os fatores internos e externos que o indivíduo, a ser ensinado, vivencia. Nesse caso, não se pode dissociar a vida da educação. Um exemplo para essa questão é a pandemia decorrente do vírus respiratório chamado SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19. Ele vem produzindo impactos que vão além da ordem epidemiológica e se estendem para os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos de ordem global. Nessa perspectiva, o artigo objetiva discutir a dialogicidade e a escuta sensível como metodologias ativas no ensino superior emergencial remoto durante a pandemia de covid-19, a partir dos dados de um projeto de extensão desenvolvido entre/com docentes e discentes do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A metodologia empregada foi da realização de visitas virtuais com os partícipes discentes e seus familiares uma vez por semana, nas quais se realizavam a escuta sensível e o diálogo para depois pensar ações de intervenção em conformidade com as necessidades dos sujeitos envolvidos. Os dados produzidos pelo projeto confirmam a dialogicidade e a escuta sensível como metodologias ativas no ensino superior emergencial remoto, além de apresentá-las como movimentos que amenizam os impactos causados pela pandemia de covid-19. Eles foram os caminhos dos afetos que ampararam aquele aluno/a que estava passando por situações críticas, que sentia a falta física do espaço universitário, dos colegas e professores/as. Considera-se, pelas implicações trazidas no estudo, que a dialogicidade e a escuta sensível são dois alicerces de uma metodologia ativa que beneficia a relação aluno-professor e aluno-universidade, acolhe e aproxima o discente ao seu curso, de sua universidade, muitas vezes, chamada por eles de sua segunda casa.