M. J. Zanlorenzi, Samuel Liebel, Saulo Rodrigues de Carvalho
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Abstract
Com a pandemia, diversos setores foram prejudicados, o que torna irrefutável a implementação de políticas públicas sobretudo na educação. A ausência ou omissão da implementação de políticas educacionais para o enfrentamento da crise agrava ainda mais as desigualdades, entre as quais a precarização do trabalho docente. Nesse sentido, nosso objetivo neste texto foi trazer algumas reflexões acerca da ausência de iniciativas do Estado no atendimento à educação pública, mais especificamente no Ensino Superior, com políticas que assegurassem a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. Trata-se de uma discussão teórica pela qual problematizamos o cenário da COVID-19 no Brasil, o papel do Estado na elaboração e implementação de políticas públicas em educação e as consequências da falta de iniciativas do Estado no trabalho e na profissão do professor do Ensino Superior. Como resultado, identificamos que se passou a exigir dos docentes eficiência na aplicação de tecnologias digitais, ao mesmo tempo que suas qualificações acadêmicas, principalmente as ligadas à produção da pesquisa e extensão, ficaram em segundo plano, arrastando a docência a um processo de inversão de prioridades do protagonismo educacional. É inegável o papel das tecnologias de informação na garantia das condições educacionais mínimas para continuidade dos estudos durante a pandemia, contudo não podemos deixar de destacar as tendências problemáticas que sua aplicação massiva e desordenada por parte de governos representou.