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Abstract
O Brasil é marcado por históricas e profundas desigualdades sociais, onde o fenômeno da violência é um constante insofismável, em especial desde o recorte da segregação sócio-espacial. Neste sentido, o estudo tem por objetivo analisar, desde o aporte das políticas de habitação no município de Chapecó/SC, os efeitos de violência social operados a partir da segregação sócio-espacial. Para tanto, como procedimento técnico para a coleta de dados, foi utilizado um formulário para o adequado levantamento das informações, tendo como base uma entrevista semi-estruturada, com 9 (nove) moradores do “Loteamento Expoente”, em visitas domiciliares, acompanhadas pelas agentes comunitárias que aleatoriamente definiam as famílias respondentes. A pesquisa teve enfoque qualitativo, e os dados foram analisados e interpretados a partir da técnica de análise de conteúdo. Os resultados mostram que, na visão dos moradores, a violência é um problema bastante grave no Loteamento, em suas mais diversas manifestações, v.g. a violência doméstica e intra-familiar; violência de gênero, violência institucional, além dos vandalismos, delinquência, marginalidade, crimes de mortes, assaltos que são decorrentes da violência da ordem social, decorrentes do precário processo de urbanização. Conclui-se, que a proliferação da violência e da insegurança é fruto das condições desfavoráveis em que se encontra grande parte da população. A política de habitação social, ofertada vai além do direito a uma casa, mas inclui a efetivação do desenvolvimento social, econômico e cultural de seus moradores.