{"title":"O Fim da Civilização Moderna e o Percurso Formativo da Humanidade no Mundo Pós-Apocalíptico Imaginado pela Literatura Ocidental (1800-1950)","authors":"Igor de Mattia Buogo, C. Carola","doi":"10.32991/2237-2717.2023v13i1.p114-144","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A modernidade ocidental é associada à imposição de novos valores ligados à religião, Estado, indivíduo, e também à imposição de fronteiras entre cultura e natureza. Ao longo do século XVIII e XIX, a hegemonia da sociedade moderna vislumbrou seu ápice. Nesse contexto histórico de transformações culturais, surgiram textos literários do gênero “pós-apocalíptico”, imaginando o fim do mundo não por elementos divinos associados à escatologia religiosa, mas através da ideia de “Natureza” e suas potencialidades destrutivas, como desastres ambientais e epidemias. O presente trabalho aborda algumas visões presentes em tal literatura como fruto de ansiedades para com o futuro e leituras críticas do mundo moderno. Nossa hipótese é de que o “apocalipse secular” literário representa, sobretudo, o fim do moderno, de seus valores e crenças, quando levados à exaustão. Pensamos a literatura pós-apocalíptica na perspectiva da História Ambiental e da Ecocrítica, visando explicitar a percepção crítica da civilização moderna e a projeção de um futuro ambiental do planeta em que a natureza selvagem restaura sua hegemonia, conforme imaginado por escritores de língua inglesa, em obras escritas entre os anos 1800 e 1950.","PeriodicalId":36482,"journal":{"name":"Historia Ambiental Latinoamericana y Caribena","volume":"13 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Historia Ambiental Latinoamericana y Caribena","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32991/2237-2717.2023v13i1.p114-144","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A modernidade ocidental é associada à imposição de novos valores ligados à religião, Estado, indivíduo, e também à imposição de fronteiras entre cultura e natureza. Ao longo do século XVIII e XIX, a hegemonia da sociedade moderna vislumbrou seu ápice. Nesse contexto histórico de transformações culturais, surgiram textos literários do gênero “pós-apocalíptico”, imaginando o fim do mundo não por elementos divinos associados à escatologia religiosa, mas através da ideia de “Natureza” e suas potencialidades destrutivas, como desastres ambientais e epidemias. O presente trabalho aborda algumas visões presentes em tal literatura como fruto de ansiedades para com o futuro e leituras críticas do mundo moderno. Nossa hipótese é de que o “apocalipse secular” literário representa, sobretudo, o fim do moderno, de seus valores e crenças, quando levados à exaustão. Pensamos a literatura pós-apocalíptica na perspectiva da História Ambiental e da Ecocrítica, visando explicitar a percepção crítica da civilização moderna e a projeção de um futuro ambiental do planeta em que a natureza selvagem restaura sua hegemonia, conforme imaginado por escritores de língua inglesa, em obras escritas entre os anos 1800 e 1950.