Olhares que se cruzam : os muitos outros no filme Santiago

Laura Wulff Schuch, R. Fischer
{"title":"Olhares que se cruzam : os muitos outros no filme Santiago","authors":"Laura Wulff Schuch, R. Fischer","doi":"10.4013/VER.2015.29.71.02","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho esta inserido em uma pesquisa que investiga os modos atraves dos quais jovens estudantes de Pedagogia e Comunicacao da Grande Porto Alegre experimentam e se relacionam com a imagem cinematografica. Este estudo propoe um recorte especifico em seus dados e base teorica: indagar de que forma a narrativa cinematografica nos coloca na presenca do outro . Temos como ponto de partida o documentario Santiago , de Joao Moreira Salles, e os dados empiricos da pesquisa, compostos por entrevistas individuais com estudantes sobre sua relacao com a imagem, e producoes textuais de alunos sobre a experiencia com filmes especificos trabalhados em sala de aula. Nesse percurso, entenderemos, junto com Didi-Huberman, que a imagem supoe uma cisao do ato de ver, que faz com que aquilo que olhamos nos olhe tambem. No filme escolhido, esses olhares se multiplicam: ha um cruzamento de olhares dentro de Santiago , entre cineasta e entrevistado, patrao e mordomo, cineasta e material bruto; e esses olhares encontram e refletem, ainda, o olhar do espectador. Esses varios outros podem abrir questionamentos em relacao a imagem e ao pensamento nela presente. Afinal, a imagem cinematografica, segundo Badiou, e uma especie de materia-prima atraves da qual o cinema “pensa”; ela traz a tona, tambem, a experiencia radical do outro . Segundo Carlos Skliar, essa irrupcao do outro nos devolve nosso proprio “ser outro”. No entrelacamento desses conceitos e dos dados empiricos a respeito da experiencia dos jovens com a imagem, que narram transformacoes de si resultantes desse contato, buscamos pensar tambem o cinema como formacao etico-estetica, partindo das reflexoes de Michel Foucault acerca do cuidado consigo como pratica etica de liberdade. Palavras-chave: outro, cinema, experiencia.","PeriodicalId":30199,"journal":{"name":"Verso e Reverso","volume":"29 1","pages":"64-69"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2015-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Verso e Reverso","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4013/VER.2015.29.71.02","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

Abstract

Este trabalho esta inserido em uma pesquisa que investiga os modos atraves dos quais jovens estudantes de Pedagogia e Comunicacao da Grande Porto Alegre experimentam e se relacionam com a imagem cinematografica. Este estudo propoe um recorte especifico em seus dados e base teorica: indagar de que forma a narrativa cinematografica nos coloca na presenca do outro . Temos como ponto de partida o documentario Santiago , de Joao Moreira Salles, e os dados empiricos da pesquisa, compostos por entrevistas individuais com estudantes sobre sua relacao com a imagem, e producoes textuais de alunos sobre a experiencia com filmes especificos trabalhados em sala de aula. Nesse percurso, entenderemos, junto com Didi-Huberman, que a imagem supoe uma cisao do ato de ver, que faz com que aquilo que olhamos nos olhe tambem. No filme escolhido, esses olhares se multiplicam: ha um cruzamento de olhares dentro de Santiago , entre cineasta e entrevistado, patrao e mordomo, cineasta e material bruto; e esses olhares encontram e refletem, ainda, o olhar do espectador. Esses varios outros podem abrir questionamentos em relacao a imagem e ao pensamento nela presente. Afinal, a imagem cinematografica, segundo Badiou, e uma especie de materia-prima atraves da qual o cinema “pensa”; ela traz a tona, tambem, a experiencia radical do outro . Segundo Carlos Skliar, essa irrupcao do outro nos devolve nosso proprio “ser outro”. No entrelacamento desses conceitos e dos dados empiricos a respeito da experiencia dos jovens com a imagem, que narram transformacoes de si resultantes desse contato, buscamos pensar tambem o cinema como formacao etico-estetica, partindo das reflexoes de Michel Foucault acerca do cuidado consigo como pratica etica de liberdade. Palavras-chave: outro, cinema, experiencia.
查看原文
分享 分享
微信好友 朋友圈 QQ好友 复制链接
本刊更多论文
交叉的观点:电影《圣地亚哥》中的许多其他观点
这项工作是一项研究的一部分,该研究调查了大阿雷格里港的教育学和传播学的年轻学生体验和与电影形象相关的方式。本研究在其数据和理论基础上提出了一个特定的切割:探究电影叙事如何将我们置于他人的面前。我们的出发点是Joao Moreira Salles的纪录片Santiago,以及实证研究数据,包括对学生的个人访谈,关于他们与图像的关系,以及学生在课堂上使用特定电影的经验的文本制作。在这个过程中,我们将理解,与迪迪-休伯曼一起,图像提供了观看行为的一种剪切,这使得我们所看到的也在看我们自己。在选定的电影中,这些观点成倍增加:在圣地亚哥内部,在电影制作人和受访者、老板和管家、电影制作人和原材料之间,有一种观点的交叉;这些表情也满足并反映了观众的表情。这些其他的可能会引发关于图像和其中的思想的问题。毕竟,根据巴迪欧的说法,电影形象是一种电影“思考”的原材料;它还带来了他人的激进体验。根据Carlos Skliar的说法,他者的这种入侵让我们回到了自己的“他者身份”。在entrelacamento这些概念和数据empiricos的经验与年轻的形象,那些述说transformacoes由此带来你的联络,我们也想看电影怎么形成道德-estetica reflexoes为起点的米歇尔·福柯关于护理的实践道德的自由。关键词:他人,电影,体验。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
求助全文
约1分钟内获得全文 去求助
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
0
审稿时长
10 weeks
期刊最新文献
Apresentação Agonística expressa em circulação: o Papa Francisco como articulador de sentidos Cuando el periodista es el testimonio en el centro del relato Sobre os rastros da reportagem: a experiência de duas repórteres brasileiras na Palestina Qual conceito de ciência fundamenta as Teorias da Comunicação? Um estudo exploratório do “cânone”
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
现在去查看 取消
×
提示
确定
0
微信
客服QQ
Book学术公众号 扫码关注我们
反馈
×
意见反馈
请填写您的意见或建议
请填写您的手机或邮箱
已复制链接
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
×
扫码分享
扫码分享
Book学术官方微信
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术
文献互助 智能选刊 最新文献 互助须知 联系我们:info@booksci.cn
Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。
Copyright © 2023 Book学术 All rights reserved.
ghs 京公网安备 11010802042870号 京ICP备2023020795号-1