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Abstract
Em seu trabalho educacional central, Pedagogia geral derivada do fim da educação (1806), J. F. Herbart não desenvolveu explicitamente uma teoria da escuta, entretanto, seu conceito de professor como um guia no desenvolvimento moral do educando, fornece percepções valiosas sobre a dimensão moral da escuta inerente à interação professor-aluno. A teoria de Herbart questiona radicalmente a linearidade assumida entre escuta e obediência à autoridade externa, não apenas iluminando distinções importantes entre socialização e educação, mas também ressaltando as consequências para nossa compreensão do papel da escuta nas relações educacionais. Nesta investigação argumenta-se que a escuta crítica no ensino contribui para a educação moral e o desenvolvimento do aluno. Para tanto, examina-se a visão de Herbart sobre a tarefa do professor como um guia moral no campo da educação moral. Sustenta-se que reexaminar a teoria da educação de Herbart (uma teoria que é, majoritariamente, não mais discutida na filosofia educacional anglo-americana) pode ser producente à nossa compreensão da educação moral em sociedades democráticas e plurais.