Gabriela Magdalena Sartorelli da Silva Margonar, E. Paccola, Francielli Gasparotto, Edison Schmidt Filho, Fabiana Maestá dos Santos
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Abstract
A preocupação com a origem e o modo de produção agrícola sustentável tem despertado interesse na realização de pesquisas com produtos oriundos da agroindústria, que gera grande volume de resíduos orgânicos. A cinza produzida pelos processos agroindustriais é um destes resíduos, estimando que sua produção mundial seja de 750 milhões de toneladas por ano e apenas metade deste volume tem reutilização de uma forma sustentável. O objetivo deste trabalho foi analisar a interação da cinza de cavaco de eucalipto em solo argiloso e arenoso através da análise química e avaliar o desenvolvimento da beterraba sob diferentes dosagens de cinza. O delineamento experimental foi realizado em blocos inteiramente casualizados, com arranjo fatorial de 2X6, sendo dois tipos de solo e seis tratamentos, tendo sete repetições cada arranjo. Os atributos físicos e químicos dos dois solos e da cinza de eucalipto foram avaliados. As variáveis analisadas foram números de folhas, diâmetro da raiz, comprimento da raiz, massa verde da parte aérea, massa seca da parte aérea, massa verde da raiz, massa seca da raiz de beterraba. Os resultados foram submetidos a análise de variância (5%) , ao teste de Tukey (5%) e teste de regressão de probabilidade a 5%. A cinza utilizada apresentou quantidade razoável de nitrogênio (N) e cálcio (Ca) e apenas traços de magnésio (Mg), com alta relação Ca/Mg e pH alcalino. Observou-se um aumento nos teores dos nutrientes no solo, assim como reduziu a disponibilidade de alumínio, elevando o pH, deixando os nutrientes essenciais em melhor disponibilidade para serem absorvidos no sistema radicular da planta. Os teores de MO, P, K, Ca, Mg no solo elevaram-se, de acordo com o aumento das doses aplicadas, melhorando o pH, CTC, SB e V%, proporcionando melhor desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea da planta de beterraba. O solo argiloso foi o que demonstrou melhores respostas com a incorporação da cinza vegetal, tanto nas características químicas do solo, quanto no desenvolvimento da beterraba. Os resultados indicaram que a cinza vegetal como corretivo e fertilizante melhora as características químicas do solo. A dose de cinza vegetal que proporcionou melhores características biométricas e acarretou em maior produção de beterraba foi de 28 g/dm3. O fornecimento de cinzas no solo contribuiu para o desenvolvimento destas raízes.