C. Krüger, Pedro Oliveira Homrich, Cláudia De Freitas Michelin, Jéssica Da Silva Maciel
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Abstract
Pesquisas afirmam que o mercado de trabalho na área de contabilidade exige profissionais com habilidades técnicas, relacionadas ao conhecimento operacional da profissão, e não técnicas, relacionadas às emoções e comportamentos. Esses termos advindos da literatura foram usados como forma de classificação das habilidades exigidas e instigadas. Perante sua relevância, o desenvolvimento de tais habilidades durante a formação tornou-se uma constante nos currículos. Nesse enfoque, classificou-se a intenção empreendedora como uma habilidade não técnica. Deste modo, objetivou-se analisar a intenção empreendedora de graduandos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Maria, relacionando-a com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso. A pesquisa é classificada como quantitativa, descritiva e de levantamento. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de um questionário validado, contendo quatro dimensões: atitudes pessoais, normas subjetivas, percepção de controle comportamental e intenção empreendedora. Sendo que 202 acadêmicos de Ciências Contábeis participaram da pesquisa. Para os resultados verificou-se que o último semestre apresenta a média mais baixa para a dimensão de intenção, o que sugere que ao final do curso os estudantes diminuem a intenção em empreender. Na correlação todas as dimensões se associaram entre si, sendo a associação mais forte entre Intenção e atitudes pessoais. Na regressão todas as dimensões se mostraram significativas influenciadoras para a intenção empreendedora. Conclui-se que as dimensões estudadas contribuem para o desenvolvimento de competências e habilidades, mas nem todas estão previstas com clareza na legislação em relação ao perfil do egresso. Como implicação, destaca-se a atenção para as habilidades não técnicas e sua importância para uma formação plena.