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Abstract
A imagem da mulher romana que chegou até nós e que se impôs quase como a única possibilidade de analisá-la no mundo antigo é a da domiseda: a dona de casa (boa esposa, mãe e fiandeira). Além do estudo dessa forma tradicional, que marcou as pesquisas em História Econômica sobre a mulher romana, as questões da atualidade e o avanço das pesquisas científicas nos trazem constantemente a renovação das perspectivas, abordagens e dos problemas em torno desse objeto de estudo. Isso nos leva, inevitavelmente, a questionar sobre o papel da mulher no mundo dos negócios e finanças na Roma Antiga. É possível escrever uma História econômica e financeira das mulheres romanas? Quais são os limites dessa empreitada? Partindo dessa preocupação, o objetivo desse artigo é o de apresentar a inserção da mulher no mundo dos negócios e das finanças e apresentar, também, algumas das múltiplas possibilidades de se escrever a história das mulheres a partir do ponto de vista da História Econômica e Social. O recorte temporal se restringe ao final da República e à época imperial. Este artigo se divide, portanto, em três partes: uma introdução sobre a discussão do discurso da elite que inseria a mulher no quadro da domus; alguns pressupostos metodológicos iniciais para estudar inserção das mulheres na vida econômica e financeira; e, por último os estudos de caso, tomando como exemplo três grupos sociais diferentes de mulheres, que aparecem na documentação implicadas em relações creditícias.