Identidades transnacionais como via para o universalismo genuíno: uma aproximação entre Léopold Senghor e Darcy Ribeiro (mediada por Gilberto Freyre e Leopoldo Zea)
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Abstract
Este artigo propõe comparar a negritude em Léopold Senghor e o latino-americanismo em Darcy Ribeiro. Estamos principalmente interessados em apontar como a noção de “civilização” aproxima os dois autores: o entendimento da civilização negro-africana como parte constitutiva de uma futura “civilização do universal” em Senghor, e a ideia de “civilização emergente” em Ribeiro. A chave para a comparação (e aproximação) entre ambos está em seus usos de civilização. E isto fica mais evidente ao colocá-los em diálogo com Gilberto Freyre e Leopoldo Zea. A fim de facilitar este encontro, é do nosso interesse lançar mão particularmente do Freyre lusotropical, que em sua reflexão remete a um encontro global de civilizações, e do Zea de América en la historia, que, ele próprio um leitor de Freyre, procura definir a posição da América com base em uma releitura crítica – via Toynbee – da filosofia da história de Hegel. O artigo pretende ser uma contribuição à história das ideias (ou história intelectual), bem como um convite ao diálogo com abordagens mais filosóficas destinadas a discutir formas de pensar a unidade e a diversidade das culturas e, em particular, o lugar dos povos não europeus na história.