{"title":"POLÍTICAS DE SOCIOEDUCAÇÃO E PRIVAÇÃO DE LIBERDADE DE ADOLESCENTES NO BRASIL","authors":"Lygia De Sousa Viégas","doi":"10.18764/2178-2229v29n3.2022.50","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Inserido no debate da socioeducação, o presente artigo apresenta um apanhado histórico das políticas de restrição e privação de liberdade de adolescentes e jovens no Brasil, por meio da revisão da legislação e da literatura científica. Adotando uma perspectiva crítica, o artigo inicia com os antecedentes históricos do Código de Menores, a partir da Proclamação da República. Em seguida, aborda o Código de Menores de 1927, e sua reformulação em 1979, destaacando o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) e a Fundação para o Bem-Estar do Menor (FEBEM). Na sequência, partilha o processo de ruptura com concepções menoristas, resultando no Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, e, 22 anos depois, no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (2012). Desta maneira, o artigo aponta alguns desafios impostos à mudança de mentalidade nesse campo, do punitivismo à socioeducação, sobretudo dado o olhar racista, classista e medicalizante impregnado contra esse público.","PeriodicalId":35392,"journal":{"name":"Cadernos de Pesquisa","volume":"72 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Pesquisa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n3.2022.50","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Inserido no debate da socioeducação, o presente artigo apresenta um apanhado histórico das políticas de restrição e privação de liberdade de adolescentes e jovens no Brasil, por meio da revisão da legislação e da literatura científica. Adotando uma perspectiva crítica, o artigo inicia com os antecedentes históricos do Código de Menores, a partir da Proclamação da República. Em seguida, aborda o Código de Menores de 1927, e sua reformulação em 1979, destaacando o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) e a Fundação para o Bem-Estar do Menor (FEBEM). Na sequência, partilha o processo de ruptura com concepções menoristas, resultando no Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, e, 22 anos depois, no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (2012). Desta maneira, o artigo aponta alguns desafios impostos à mudança de mentalidade nesse campo, do punitivismo à socioeducação, sobretudo dado o olhar racista, classista e medicalizante impregnado contra esse público.