Isabela Veloso Lopes Versiani, Anete Marília Pereira, M. D. L. Ferreira
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Abstract
Nas últimas décadas, as dificuldades do modelo de desenvolvimento convencional em se tornar, de fato, o grande propulsor de mudanças no campo econômico e, por conseguinte, nas demais esferas da vida social, têm sido criticamente analisadas por teóricos latino-americanos do pós-desenvolvimento e pela busca de alternativas. Com base em pesquisa bibliográfica, o presente artigo tem como objetivo analisar a discussão do buen vivir no campo de estudos sobre o desenvolvimento, procurando entender como essa nova proposta, que incorpora a dimensão cultural de influência indígena andina na busca por outras formas de ver e se relacionar harmonicamente com o mundo, tem avançado na América Latina. Constata-se que, apesar das dificuldades e desafios, o buen vivir tem ganhado espaço e difusão no plano acadêmico, social e político, abrindo possibilidades para processos de emancipação desses países ante as amarras dos discursos sobre desenvolvimento de base economicista até então dominantes.