Janaina Montanha, Susilene Maria Tonelli Nardi, Heloisa da Silveira Paro Pedro, Fernanda Modesto Tolentino Binhardi, Milena Polotto de Santi
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Abstract
Introdução: O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos novos de hanseníase. Objetivo: Verificar o progresso rumo à eliminação da Hanseníase no Brasil, Estado de São Paulo e região do Departamento Regional de Saúde XV por meio da análise de três indicadores da hanseníase ao longo de 10 anos, incluindo o período da COVID-19. Métodos: Os dados foram coletados nos sites do Ministério da Saúde, de 2011 a 2021. Os indicadores analisados foram: Taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase/ 100.000/habitantes; Taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase, na população menor de 15 anos/100.000/habitantes; Proporção de casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (GIF2) no momento do diagnóstico entre os casos novos detectados e avaliados no ano. Resultados: No Brasil e no ESP, embora em declínio, a detecção geral permaneceu no parâmetro “médio” e a detecção geral em menores de 15 anos no parâmetro “baixo” no ESP e “médio” no Brasil. Na região da DRS XV, os mesmos indicadores oscilaram no período nos parâmetros “alto” e “médio” respectivamente. O indicador GIF 2 esteve, em ascensão nas três regiões estudadas, inclusive durante a pandemia da COVID-19. Conclusão: O estudo aponta a necessidade de estratégias adicionais para alcançar os resultados desejáveis de detecção oportuna, cura e contenção das deficiências físicas e sequelas. O efeito negativo da pandemia sobre o diagnóstico da hanseníase é evidente e confere preocupação sobre a capacidade de atingir as metas de controle da hanseníase no Brasil.