Alexrangel Henrique Cruz Santos, Amanda Francielle Santos, Thayane Santos Siqueira, Ariel Oliveira Celestino, Mariana Rosário Souza, Beatriz Almeida Santos, J. R. Santos Silva, Francisco Prado Reis, Vera Lúcia Corrêa Feitosa
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Abstract
O presente estudo visou à comparação entre o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de indivíduos com dor relacionada à hanseníase e a verificação das queixas sobre a interferência da dor em atividades diárias. Trata-se de um estudo observacional transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado em centros de referência do estado de Sergipe para o atendimento de hanseníase no período entre fevereiro e junho de 2019. 170 indivíduos foram entrevistados com a escala Neuropathic Pain Questionnaire DN4 e questionários de dados clínicos. Observou-se que a dor do tipo neuropática foi significativamente mais comum na faixa etária de 30-40 anos (38; 84,4%, p=0,022). Nos locais de dor o tipo mais prevalente foi a neuropática no braço (74; 73,3%), perna (86; 72,9%), pés (82; 69,5%), costas (21; 84,0%) e mão (72; 73,5%). Na comparação da intensidade, dor neuropática leve (12; 54,5%), moderada (43; 69,4%) e intensa (63; 74,1%); nociceptiva leve (10; 45,5%), moderada (19; 30,6%) e intensa (22; 25,9%). Ter outras enfermidades foi significativo maior no grupo de dor neuropática (80; 76,2%, p=0,039). A melhora da dor com medicação parcial (75; 68,2%) e total (18; 78,3%) foi maior em pacientes com dor neuropática, porém, a maioria alegou melhora parcial. Também, pessoas com dor neuropática [4,0(2,0); p=0,007] afirmaram mais prejuízo ao sono. Conclui-se que a dor neuropática é mais incidente em adultos, ter outras doenças foi um fator relevante na dor neuropática e que nesse tipo de dor as pessoas têm maior prejuízo ao sono. Além disso, o alívio da dor está sendo ineficaz.