Douglas Costa Lima, M. Andreazzi, J. Gonçalves, José Roberto Bello, Laura Paulino Mardigan, M. Lizama, A. Toma, Hellen Valéria de Souza
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Abstract
Nos últimos anos tem sido observado um aumento elevado no número de cães de estimação e esse fato tem aumentando as atividades dos pet shops, como a tosa dos animais, contudo, este procedimento gera grande quantidade de pelos, classificados como resíduos queratinosos, com elevado potencial poluente. Pesquisadores têm investigado várias formas de tratamento e uso dos resíduos queratinosos, como penas de frango, lã e pelo bovino, contudo, pesquisas sobre a utilização de pelos de cachorros são escassas na literatura e, além disso, pautados na preocupação ambiental, alguns pesquisadores tem proposto o emprego de química verde no processo de hidrólise da α-queratina usando papaína. Assim, o objetivo deste estudo foi estabelecer a melhor condição de hidrólise da α-queratina presente no pelo de cachorro e caracterizar os níveis de nitrogênio (N) e enxofre (S) no material hidrolisado, empregando extrato de mamão verde como fonte de papaína. Os ensaios foram realizados no Laboratório Interdisciplinar de Análise Químicas e Biológicas/ Unicesumar e foram utilizados 4 tipos de amostras de pelos de cães adultos: liso, enrolado, eriçado e pool de pelos, nas cores: preto, marrom e branco e pool de cores, submetidos à hidrólise com diferentes níveis de ureia, sulfito de sódio e fontes de papaína (extrato de mamão verde ou comercial), e tempos de hidrólise. Após a definição do melhor protocolo de hidrólise, o material hidrolisado foi analisado quanto às concentrações N e S. Os resultados mostraram quem o uso do extrato de mamão verde como fonte de papaína, independente do nível empregado e do tempo, resultou em baixo nível de hidrólise dos pelos. Contudo, foi possível hidrolisar os pelos, independente do tipo de pelo e/ou sua coloração, empregando-se papaína comercial. O material hidrolisado apresentou elevados níveis de N (15,15%), contudo, os níveis de S foram baixos (1,55%). Sugere-se que mais pesquisas sejam conduzidas a fim de se aprimorar, cada vez mais, o protocolo e testar o uso do material hidrolisado, sobretudo como bioferilizante, e assim, contribuir com a gestão dos resíduos queratinosos da cadeia pet.