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Abstract
Crioglobulinemia é a presença no soro de globulinas que se precipitam em temperaturas inferiores a 37ºC. Na maioria das vezes é assintomática mas eventualmente pode estar associada a diversas manifestações clínicas. Brouet e colaboradores propuseram uma classificação dos tipos de crioglobulinemia há mais de 40 anos, mas que tem se mostrado útil até o presente momento. Assim, a crioglobulinemia pode ser do tipo I, representada por uma proteína monoclonal, geralmente IgM; tipo II, que é um complexo imune [fator reumatoide (FR)] composto de uma IgM monoclonal e uma IgG policlonal; e a tipo III, em que os dois componentes do FR (IgG e IgM) são policlonais. A crioglobulinemia tipo I quando sintomática pode se manifestar por acrocianose, isquemia digital e necrose de pele. As crioglobulinemias tipo II e III,também chamadas de mistas, podem se apresentar como uma clássica doença por complexo imune, com lesões cutâneas vasculíticas, artralgias, neuropatia periférica, glomerulonefrite, dentre outros sintomas. A detecção de crioglobulinas é feita de forma "artesanal", em que a coleta e o transporte da amostra de sangue devem ser feitos a 37ºC e, posteriormente, o soro separado e armazenado por uma semana a 4ºC. O conhecimento sobre a pesquisa de crioglobulinas e sobre a crioglobulinemia é pouco explorado, porém, de grande importância para a prática de médicos clínicos em geral.