Bárbara Maria Lustri, Francielli Gasparotto, Natália Caetano Vasques, T. Ramari, Edison Schmidt Filho, E. Paccola
{"title":"Microrganismos do solo como indicadores da eficiência de corretivos agrícolas","authors":"Bárbara Maria Lustri, Francielli Gasparotto, Natália Caetano Vasques, T. Ramari, Edison Schmidt Filho, E. Paccola","doi":"10.6008/cbpc2179-6858.2022.002.0004","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A técnica de calagem é utilizada para modificar e equilibrar o potencial hidrogeniônico (pH) dos solos, podendo influenciar na microbiota destes. Os microrganismos agem como um indicador biológico, importante por sua capacidade em responder rapidamente às alterações no solo e por sua participação em diversos processos necessários para o bom desenvolvimento das culturas. Desta forma, objetivou-se avaliar microrganismos do solo como indicadores da eficiência de corretivos agrícolas ao longo do tempo. Para isso, foi coletada a camada superficial de um solo arenoso, e por meio de análise química obtido à necessidade de calagem, sendo estabelecido os seguintes tratatamentos: T1 – Testemunha (solo sem correção); T2 - Calcário Calcítico convencional (42% CaO e 2% MgO); T3 - Produto A - 48% de óxido de cálcio + 34,3% de cálcio + 1% de óxido de magnésio + 0,6% de magnésio; T4 - Produto B - 48% de óxido de cálcio + 34,3% de cálcio + 1% de óxido de magnésio + 0,6% de magnésio + bactérias Lactobacillus + leveduras Saccharomyces. As amostras para análise microbiológica foram coletadas antes da aplicação dos tratamentos e aos 30, 60 e 90 dias após aplicação. Foram pesados 10 g de solo a cada 5 cm de profundidade e estes diluídos em série a 10-4, de onde foi retirada uma alíquota de 0,1 mL e disposta sob o meio agar batata dextrose. A aplicação dos corretivos de solo não proporcionou variação significativa dos valores de pH no período avaliado. E ocorreram alterações na população de bactérias e fungos presentes nas amostras de solo em todas as profundidades e tratamentos avaliados ao longo do tempo, porém de forma não significativa. Assim, sugere-se o desenvolvimento de pesquisas futuras que avaliem os grupos microbianos afetados pelos corretivos, pois quantitativamente não foram observadas diferenças significativas.","PeriodicalId":21395,"journal":{"name":"Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.6008/cbpc2179-6858.2022.002.0004","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A técnica de calagem é utilizada para modificar e equilibrar o potencial hidrogeniônico (pH) dos solos, podendo influenciar na microbiota destes. Os microrganismos agem como um indicador biológico, importante por sua capacidade em responder rapidamente às alterações no solo e por sua participação em diversos processos necessários para o bom desenvolvimento das culturas. Desta forma, objetivou-se avaliar microrganismos do solo como indicadores da eficiência de corretivos agrícolas ao longo do tempo. Para isso, foi coletada a camada superficial de um solo arenoso, e por meio de análise química obtido à necessidade de calagem, sendo estabelecido os seguintes tratatamentos: T1 – Testemunha (solo sem correção); T2 - Calcário Calcítico convencional (42% CaO e 2% MgO); T3 - Produto A - 48% de óxido de cálcio + 34,3% de cálcio + 1% de óxido de magnésio + 0,6% de magnésio; T4 - Produto B - 48% de óxido de cálcio + 34,3% de cálcio + 1% de óxido de magnésio + 0,6% de magnésio + bactérias Lactobacillus + leveduras Saccharomyces. As amostras para análise microbiológica foram coletadas antes da aplicação dos tratamentos e aos 30, 60 e 90 dias após aplicação. Foram pesados 10 g de solo a cada 5 cm de profundidade e estes diluídos em série a 10-4, de onde foi retirada uma alíquota de 0,1 mL e disposta sob o meio agar batata dextrose. A aplicação dos corretivos de solo não proporcionou variação significativa dos valores de pH no período avaliado. E ocorreram alterações na população de bactérias e fungos presentes nas amostras de solo em todas as profundidades e tratamentos avaliados ao longo do tempo, porém de forma não significativa. Assim, sugere-se o desenvolvimento de pesquisas futuras que avaliem os grupos microbianos afetados pelos corretivos, pois quantitativamente não foram observadas diferenças significativas.