Antonio de Castro Filho, Edgar Stroppa Lamas, Mário Barbosa G. Nunes, Dimytri A. Siqueira, Rodolfo Staico, Daniel Chamié, J. Ribamar Costa Jr., Ricardo A. Costa, Alexandre Abizaid
{"title":"Impacto do tempo de oclusão na taxa de sucesso e nos resultados da intervenção coronária percutânea em obstruções totais crônicas","authors":"Antonio de Castro Filho, Edgar Stroppa Lamas, Mário Barbosa G. Nunes, Dimytri A. Siqueira, Rodolfo Staico, Daniel Chamié, J. Ribamar Costa Jr., Ricardo A. Costa, Alexandre Abizaid","doi":"10.1016/j.rbci.2016.06.006","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><p>Estudos iniciais mostram que oclusões antigas ou com tempo indeterminado têm sido associadas a insucesso da intervenção coronária percutânea (ICP) e a pior prognóstico. Nosso objetivo foi determinar o impacto do tempo de oclusão no sucesso e nos resultados da ICP contemporânea na obstrução total crônica (OTC).</p></div><div><h3>Métodos</h3><p>Analisamos uma coorte retrospectiva de pacientes consecutivos que realizaram ICP em OTC, e que foram comparados de acordo com o tempo de oclusão confirmado (TOC) < 12 meses, ≥ 12 meses, ou indeterminado (TOI).</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>Foram tratados 168 pacientes, 122 (72,6%) com TOC (80 < 12 meses, 42 ≥ 12 meses) e 46 (24,7%) com TOI. A extensão da lesão foi de 17,0 ± 13,6<!--> <!-->mm, em vasos de 2,90 ± 0,58<!--> <!-->mm, e a abordagem anterógrada foi utilizada em 98,8% dos casos. Sucesso angiográfico foi obtido em 79,2% dos pacientes (80,0% vs. 73,8% vs. 82,6%; <em>p</em> = 0,73). A principal causa de insucesso foi a incapacidade de cruzar a lesão com o fio‐guia (68,6%). O tempo de oclusão não teve impacto na taxa de eventos cardiovasculares hospitalares (4,8% vs. 7,1% vs. 6,0%; <em>p</em> = 0,73), explicados em sua quase totalidade pelos infartos do miocárdio periprocedimento, ou nos eventos tardios (18,8% vs. 7,1% vs. 15,3%; <em>p</em> = 0,23). Na análise multivariada, comprimento da lesão ≥ 20<!--> <!-->mm (<em>odds ratio</em> ‐ OR = 7,27; intervalo de confiança de 95% ‐ IC 95% 1,94‐29,1; <em>p</em> = 0,003), calcificação (OR = 4,72; IC 95% 1,19‐19,1; <em>p</em> = 0,02) e tortuosidade do segmento ocluído (OR = 15,98; IC 95% 2,18‐144,7; <em>p</em> = 0,007) foram preditores de insucesso.</p></div><div><h3>Conclusões</h3><p>O tempo de oclusão não está associado ao aumento da taxa de insucesso do procedimento ou a piores resultados da ICP em OTC.</p></div><div><h3>Background</h3><p>Initial studies have shown that old occlusions or those with indeterminate occlusion duration have been associated with percutaneous coronary intervention (PCI) failure and a worse prognosis. This study aimed to determine the impact of occlusion duration on the success and outcomes of contemporary PCI on chronic total occlusion (CTO).</p></div><div><h3>Methods</h3><p>The authors analyzed a retrospective cohort of consecutive patients submitted to PCI in CTO, who were compared according to the confirmed occlusion duration (COD) < 12 months, ≥ 12 months, or indeterminate occlusion duration (IOD).</p></div><div><h3>Results</h3><p>A total of 168 patients were treated, 122 (72.6%) with COD (80 < 12 months, 42 ≥ 12 months) and 46 (24.7%) with an IOD. Lesion extension was 17.0 ± 13.6<!--> <!-->mm, in 2.90 ± 0.58<!--> <!-->mm vessels, and the anterograde approach was used in 98.8% of cases. Angiographic success was attained in 79.2% of patients (80.0% vs. 73.8% vs. 82.6%; <em>p</em> = 0.73). The main cause of failure was the inability to cross the lesion with the guidewire (68.6%). Occlusion duration had no impact on in‐hospital events (4.8% vs. 7.1% vs. 6.0%; <em>p</em> = 0.73), which were almost entirely explained by periprocedural myocardial infarction, or on late outcomes (18.8% vs. 7.1% vs. 15.3%; <em>p</em> = 0.23). At the multivariate analysis, lesion length ≥ 20<!--> <!-->mm (odds ratio ‐ OR = 7.27; 95% confidence interval ‐ 95% IC 1.94‐29.1; <em>p</em> = 0.003), calcification (OR = 4.72; 95% CI 1.19‐19.1; <em>p</em> = 0.02), and tortuosity of the occluded segment (OR = 15.98; 95% CI 2.18‐144.7; <em>p</em> = 0.007) were predictors of failure.</p></div><div><h3>Conclusions</h3><p>Occlusion duration was not associated with increased failure rate of the procedure or worse PCI outcomes in CTO.</p></div>","PeriodicalId":101093,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva","volume":"23 3","pages":"Pages 183-189"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2015-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.1016/j.rbci.2016.06.006","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104184316300352","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução
Estudos iniciais mostram que oclusões antigas ou com tempo indeterminado têm sido associadas a insucesso da intervenção coronária percutânea (ICP) e a pior prognóstico. Nosso objetivo foi determinar o impacto do tempo de oclusão no sucesso e nos resultados da ICP contemporânea na obstrução total crônica (OTC).
Métodos
Analisamos uma coorte retrospectiva de pacientes consecutivos que realizaram ICP em OTC, e que foram comparados de acordo com o tempo de oclusão confirmado (TOC) < 12 meses, ≥ 12 meses, ou indeterminado (TOI).
Resultados
Foram tratados 168 pacientes, 122 (72,6%) com TOC (80 < 12 meses, 42 ≥ 12 meses) e 46 (24,7%) com TOI. A extensão da lesão foi de 17,0 ± 13,6 mm, em vasos de 2,90 ± 0,58 mm, e a abordagem anterógrada foi utilizada em 98,8% dos casos. Sucesso angiográfico foi obtido em 79,2% dos pacientes (80,0% vs. 73,8% vs. 82,6%; p = 0,73). A principal causa de insucesso foi a incapacidade de cruzar a lesão com o fio‐guia (68,6%). O tempo de oclusão não teve impacto na taxa de eventos cardiovasculares hospitalares (4,8% vs. 7,1% vs. 6,0%; p = 0,73), explicados em sua quase totalidade pelos infartos do miocárdio periprocedimento, ou nos eventos tardios (18,8% vs. 7,1% vs. 15,3%; p = 0,23). Na análise multivariada, comprimento da lesão ≥ 20 mm (odds ratio ‐ OR = 7,27; intervalo de confiança de 95% ‐ IC 95% 1,94‐29,1; p = 0,003), calcificação (OR = 4,72; IC 95% 1,19‐19,1; p = 0,02) e tortuosidade do segmento ocluído (OR = 15,98; IC 95% 2,18‐144,7; p = 0,007) foram preditores de insucesso.
Conclusões
O tempo de oclusão não está associado ao aumento da taxa de insucesso do procedimento ou a piores resultados da ICP em OTC.
Background
Initial studies have shown that old occlusions or those with indeterminate occlusion duration have been associated with percutaneous coronary intervention (PCI) failure and a worse prognosis. This study aimed to determine the impact of occlusion duration on the success and outcomes of contemporary PCI on chronic total occlusion (CTO).
Methods
The authors analyzed a retrospective cohort of consecutive patients submitted to PCI in CTO, who were compared according to the confirmed occlusion duration (COD) < 12 months, ≥ 12 months, or indeterminate occlusion duration (IOD).
Results
A total of 168 patients were treated, 122 (72.6%) with COD (80 < 12 months, 42 ≥ 12 months) and 46 (24.7%) with an IOD. Lesion extension was 17.0 ± 13.6 mm, in 2.90 ± 0.58 mm vessels, and the anterograde approach was used in 98.8% of cases. Angiographic success was attained in 79.2% of patients (80.0% vs. 73.8% vs. 82.6%; p = 0.73). The main cause of failure was the inability to cross the lesion with the guidewire (68.6%). Occlusion duration had no impact on in‐hospital events (4.8% vs. 7.1% vs. 6.0%; p = 0.73), which were almost entirely explained by periprocedural myocardial infarction, or on late outcomes (18.8% vs. 7.1% vs. 15.3%; p = 0.23). At the multivariate analysis, lesion length ≥ 20 mm (odds ratio ‐ OR = 7.27; 95% confidence interval ‐ 95% IC 1.94‐29.1; p = 0.003), calcification (OR = 4.72; 95% CI 1.19‐19.1; p = 0.02), and tortuosity of the occluded segment (OR = 15.98; 95% CI 2.18‐144.7; p = 0.007) were predictors of failure.
Conclusions
Occlusion duration was not associated with increased failure rate of the procedure or worse PCI outcomes in CTO.
早期研究表明,旧的或时间不确定的闭塞与经皮冠状动脉介入治疗(pci)失败和较差的预后有关。我们的目的是确定闭塞时间对当代ICP在慢性全梗阻(OTC)中的成功和结果的影响。方法我们分析了连续接受非处方pci的患者的回顾性队列研究,并根据确诊咬合时间(TOC)进行比较。12个月,≥12个月,或不确定。结果168例患者接受了治疗,其中强迫症患者122例(72.6%)12个月,42≥12个月)和46(24.7%)有TOI。病变范围17.0±13.6 mm,血管2.90±0.58 mm, 98.8%的病例采用正向入路。79.2%的患者血管造影成功(80.0% vs. 73.8% vs. 82.6%)。p = 0.73)。失败的主要原因是无法用导丝交叉病变(68.6%)。闭塞时间对医院心血管事件发生率无影响(4.8% vs. 7.1% vs. 6.0%)。p = 0.73),几乎完全由围手术期心肌梗死或晚期事件解释(18.8% vs. 7.1% vs. 15.3%;p = 0.23)。在多变量分析中,病变长度≥20mm(比值比-或= 7.27;置信区间95% - 95% ci 1.94 - 29.1;p = 0.003),钙化(或= 4.72;95% ci 1.19‐19.1;p = 0.02)和咬合节段弯曲度(或= 15.98;95% ci 2.18 - 144.7;p = 0.007)是失败的预测因子。结论闭塞时间与手术失败率的增加或非处方ICP结果较差无关。背景研究表明,较老的闭塞或闭塞持续时间不确定的闭塞与经皮冠状动脉介入治疗(PCI)失败和较差的预后有关。本研究旨在确定咬合持续时间对当代PCI对慢性全咬合(CTO)的成功和结果的影响。方法作者分析了连续接受CTO PCI的患者的回顾性队列,并根据确定的闭塞持续时间(COD)进行了比较。12个月,≥12个月,或不确定咬合持续时间(IOD)。168例患者接受治疗,其中122例(72.6%)采用COD(80 < <)。12个月,42≥12个月)和46(24)改变了碘。= =地理= =根据美国人口普查,这个县的总面积为,其中土地和(1.0%)水。79.2%的患者(80.0% vs. 73.8% vs. 82.6%;p = 0.73)。= =地理= =根据美国人口普查,该县的土地面积为,其中土地面积为。咬合持续时间对住院事件无影响(4.8% vs. 7.1% vs. 6.0%;p = 0.73),几乎完全由围手术期心肌梗死或晚期预后解释(18.8% vs. 7.1% vs. 15.3%;p = 0.23)。在多变量分析中,病变长度≥20mm(比值比-或= 7.27;95%置信区间- 95% ci 1.94 - 29.1;p = 0.003),钙化(OR = 4.72;95% CI 1.19 - 19.1;p = 0.02)和封闭段的弯曲度(或= 15.98;95% CI 2.18 - 144.7;= =地理= =根据美国人口普查局的数据,该镇总面积为,其中土地和(1.1%)水。结论:闭锁持续时间与程序失败率增加或PCI在CTO中的结果恶化无关。