M. Hochmuller, Danielle Pereira Velaski, Valesca Sander Koth, Silene Barbieri
{"title":"Diagnóstico, tratamento e prevenção da osteonecrose maxilar relacionada a medicamentos","authors":"M. Hochmuller, Danielle Pereira Velaski, Valesca Sander Koth, Silene Barbieri","doi":"10.25061/2527-2675/REBRAM/2021.V24I2.1132","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A osteonecrose maxilar relacionada a medicamentos (MRONJ) é um raro e grave efeito adverso de terapia antirreabsortiva e/ou antiangiogênica que pode causar exposição de osso necrótico em cavidade bucal, o que implica na qualidade de vida dos pacientes. O presente trabalho teve por objetivo revisar a literatura sobre MRONJ enfatizando os critérios de diagnóstico e tratamento. As bases de dados PubMed, Scielo e Google scholar foram consultadas em busca de artigos que abordassem o tema. Embora apresente baixa resposta ao tratamento, o diagnóstico e tratamento precoce aumentam a chance de cura. Dessa forma, o acompanhamento odontológico sistemático de pacientes que estejam em terapia antirreabsortiva e/ou antiangiogênica é fundamental para a identificação de sinais ou sintomas sugestivos de MRONJ como dor, tumefação ou mobilidade dentária. Alterações radiográficas ou tomográficas como aumento da densidade óssea, esclerose óssea ou osteólise, persistência de alvéolo dentário, neoformação periosteal, espessamento da lâmina dura e estreitamento do canal mandibular podem ser indicativos da presença de necrose óssea. Como ainda não existe um tratamento universalmente aceito capaz de curar a MRONJ, a abordagem envolve paliação de sintomas e controle da infecção associada, reservando-se a remoção cirúrgica da área necrótica para casos mais graves. Salienta-se que cada caso deve ser avaliado individualmente por uma equipe multidisciplinar que permita a discussão entre a equipe de saúde bucal e equipe médica. A prevenção da MRONJ por meio da educação dos pacientes, eliminação dos fatores de risco e manutenção da saúde bucal constitui ainda a medida mais importante no manejo desses indivíduos.","PeriodicalId":31954,"journal":{"name":"Revista Brasileira Multidisciplinar ReBraM Brazilian Multidisciplinay Journal","volume":"36 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-05-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira Multidisciplinar ReBraM Brazilian Multidisciplinay Journal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25061/2527-2675/REBRAM/2021.V24I2.1132","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
A osteonecrose maxilar relacionada a medicamentos (MRONJ) é um raro e grave efeito adverso de terapia antirreabsortiva e/ou antiangiogênica que pode causar exposição de osso necrótico em cavidade bucal, o que implica na qualidade de vida dos pacientes. O presente trabalho teve por objetivo revisar a literatura sobre MRONJ enfatizando os critérios de diagnóstico e tratamento. As bases de dados PubMed, Scielo e Google scholar foram consultadas em busca de artigos que abordassem o tema. Embora apresente baixa resposta ao tratamento, o diagnóstico e tratamento precoce aumentam a chance de cura. Dessa forma, o acompanhamento odontológico sistemático de pacientes que estejam em terapia antirreabsortiva e/ou antiangiogênica é fundamental para a identificação de sinais ou sintomas sugestivos de MRONJ como dor, tumefação ou mobilidade dentária. Alterações radiográficas ou tomográficas como aumento da densidade óssea, esclerose óssea ou osteólise, persistência de alvéolo dentário, neoformação periosteal, espessamento da lâmina dura e estreitamento do canal mandibular podem ser indicativos da presença de necrose óssea. Como ainda não existe um tratamento universalmente aceito capaz de curar a MRONJ, a abordagem envolve paliação de sintomas e controle da infecção associada, reservando-se a remoção cirúrgica da área necrótica para casos mais graves. Salienta-se que cada caso deve ser avaliado individualmente por uma equipe multidisciplinar que permita a discussão entre a equipe de saúde bucal e equipe médica. A prevenção da MRONJ por meio da educação dos pacientes, eliminação dos fatores de risco e manutenção da saúde bucal constitui ainda a medida mais importante no manejo desses indivíduos.