M. Sabino, T. V. Milanez, L. Lamardo, E. Inomata, M. A. Zorzetto, S. Navas, Monica Stofer
{"title":"Occurrence of aflatoxins in peanuts and peanut products consumed in the State of São Paulo/Brazil from 1995 to 1997","authors":"M. Sabino, T. V. Milanez, L. Lamardo, E. Inomata, M. A. Zorzetto, S. Navas, Monica Stofer","doi":"10.1590/S0001-37141999000100016","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Cento e trinta e sete amostras de amendoim e produtos contendo amendoim, obtidas no periodo de janeiro de 1995 a dezembro de 1997, a grande parte delas coletadas pela Vigilância Sanitaria da Secretaria de Saude do Estado de Sao Paulo, foram submetidas a determinacao de aflatoxinas. Foram incluidas amostras de amendoins cru, doces de amendoim (\"pacoca\" e \"pe-de-moleque\"), pasta de amendoim, amendoins salgados (frito e torrado), \"torrone\" e amendoins com cobertura de chocolate ou cobertura salgada (\"amendoim japones\"). As amostras foram analisadas por cromatografia em camada delgada. Sessenta e duas amostras (45,3%) foram positivas para aflatoxinas e 37 amostras (27,0%) apresentaram valores de aflatoxinas B1 + G1 acima do limite maximo da legislacao brasileira (30,0 µg. kg-1 para aflatoxinas B1+G1). A identidade destas aflatoxinas foi confirmada usando-se acido trifluoro acetico. O 90th percentil foi 110,0 em 1995, 60,0 em 1996 e 118,0 µg. kg-1 em 1997. A concentracao de aflatoxinas nas amostras de amendoim cru variou de 5,0 a 356,0 µg.kg-1 e 27,1% delas acima do limite. Quanto a contaminacao por aflatoxinas nas amostras de doces de amendoim 32,8% delas estavam acima do limite e as concentracoes variaram de 6,0 a 536,0 µg. kg-1. A contaminacao nos amendoins salgados foi menos frequente, cerca de 10% das amostras e os niveis de toxina geralmente abaixo de 10,0 µg. kg-1, porem uma das amostras com cobertura (\"amendoim japones\") apresentou 536,0 µg. kg-1. Comparando com os dados de incidencia de 1980-1987 em amendoim e produtos de amendoim na cidade de Sao Paulo, quando 68,75% das amostras mostraram valores maiores que o limite permitido e o 90th percentil variou de 42,0 a 333,0 µg.kg-1, e de 1994 quando 36,0% das amostras mostraram resultados acima do limite e o 90th percentil foi 489,0 µg.kg-1, os resultados deste trabalho mostram que a contaminacao por aflatoxinas esta diminuindo. Entretanto, mostram tambem que a contaminacao por aflatoxinas em amendoim continua um problema serio no Brasil mas que deve-se levar em conta nao somente as condicoes climaticas (umidade e altas temperaturas) mas tambem as praticas de agricultura e as condicoes de estocagem.","PeriodicalId":21211,"journal":{"name":"Revista De Microbiologia","volume":"2011 1","pages":"85-88"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1999-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"14","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista De Microbiologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/S0001-37141999000100016","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Cento e trinta e sete amostras de amendoim e produtos contendo amendoim, obtidas no periodo de janeiro de 1995 a dezembro de 1997, a grande parte delas coletadas pela Vigilância Sanitaria da Secretaria de Saude do Estado de Sao Paulo, foram submetidas a determinacao de aflatoxinas. Foram incluidas amostras de amendoins cru, doces de amendoim ("pacoca" e "pe-de-moleque"), pasta de amendoim, amendoins salgados (frito e torrado), "torrone" e amendoins com cobertura de chocolate ou cobertura salgada ("amendoim japones"). As amostras foram analisadas por cromatografia em camada delgada. Sessenta e duas amostras (45,3%) foram positivas para aflatoxinas e 37 amostras (27,0%) apresentaram valores de aflatoxinas B1 + G1 acima do limite maximo da legislacao brasileira (30,0 µg. kg-1 para aflatoxinas B1+G1). A identidade destas aflatoxinas foi confirmada usando-se acido trifluoro acetico. O 90th percentil foi 110,0 em 1995, 60,0 em 1996 e 118,0 µg. kg-1 em 1997. A concentracao de aflatoxinas nas amostras de amendoim cru variou de 5,0 a 356,0 µg.kg-1 e 27,1% delas acima do limite. Quanto a contaminacao por aflatoxinas nas amostras de doces de amendoim 32,8% delas estavam acima do limite e as concentracoes variaram de 6,0 a 536,0 µg. kg-1. A contaminacao nos amendoins salgados foi menos frequente, cerca de 10% das amostras e os niveis de toxina geralmente abaixo de 10,0 µg. kg-1, porem uma das amostras com cobertura ("amendoim japones") apresentou 536,0 µg. kg-1. Comparando com os dados de incidencia de 1980-1987 em amendoim e produtos de amendoim na cidade de Sao Paulo, quando 68,75% das amostras mostraram valores maiores que o limite permitido e o 90th percentil variou de 42,0 a 333,0 µg.kg-1, e de 1994 quando 36,0% das amostras mostraram resultados acima do limite e o 90th percentil foi 489,0 µg.kg-1, os resultados deste trabalho mostram que a contaminacao por aflatoxinas esta diminuindo. Entretanto, mostram tambem que a contaminacao por aflatoxinas em amendoim continua um problema serio no Brasil mas que deve-se levar em conta nao somente as condicoes climaticas (umidade e altas temperaturas) mas tambem as praticas de agricultura e as condicoes de estocagem.