Vinicius Maia de Oliveira, Gabriela de Souza Reginato, Sherlle Stefani Reway Leal, Suelen Avila, J. Gonçalves, D. Felipe, A. Ferrari
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Abstract
A escassez de recursos naturais cresce à medida que as sociedades se desenvolvem. Assim, a sustentabilidade emerge como uma solução e, neste meio, o descarte de materiais orgânicos reaproveitáveis, especialmente vegetais, é um ponto importante a ser discutido e analisado, uma vez que o descarte de lixo se apresenta como um grande entrave para o desenvolvimento das práticas sustentáveis. Dentre os vegetais promissores, destaca-se a cebola, especialmente a cebola roxa, cuja casca usualmente descartada apresenta compostos bioativos, como os polifenólicos resveratrol e quercetina. Tais compostos atuam como antioxidantes e anti-inflamatórios, reduzindo danos no organismo humano, como a aterosclerose e a inflamação crônica. Assim, este trabalho visou quantificar o resveratrol e a quercetina da casca da cebola roxa e determinar a atividade antioxidante do extrato. O teor fenólico total foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu e os flavonoides totais foram quantificados por método colorimétrico com cloreto de alumínio. A quantidade de resveratrol e quercetina no extrato da casca da cebola roxa foi determinada por cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas (GC_MS), já a atividade antioxidante foi avaliada através dos métodos de sequestro de radical livre (DPPH e ABTS) e poder de redução do ferro (FRAP). O extrato da casca da cebola roxa apresentou elevado teor de compostos fenólicos totais (204,49 mg EAG/g), flavonoides totais (86,04 mg EAG/g), resveratrol (451,8 µg/mL) e quercetina (324,36 µg/mL). Os valores de capacidade antioxidante em FRAP, ABTS e DPPH foram de 1194,15 (± 107,47), 148,44 (± 18,71) e 1103,77 (± 18,87), respectivamente. Esses resultados mostram que a casca da cebola roxa é rica em polifenóis, podendo ser aproveitadas pela indústria alimentícia e farmacêutica como ingrediente bioativo, contribuindo dessa forma para a sustentabilidade.