Ítalo Gerald Almeida, Karoline Carvalho Dornelas, Roselene Maria Schneider, M. C. Bongiovani
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Abstract
Diante da preocupação com os impactos negativos que os percolados de aterros sanitários podem causar no meio ambiente, o presente estudo teve por objetivo caracterizar amostras de efluente bruto e tratado de aterro sanitário através de análises físico-químicas e avaliar a toxicidade utilizando semente de alface (Lactuca sativa) como organismo teste, verificando os efeitos na germinação. Para tanto, foram preparadas misturas lixiviado/efluente tratado a 3,125; 6,25; 12,5; 25; 50 e 100% . As sementes foram expostas tanto às misturas brutas quanto àquelas submetidas ao tratamento biológico, durante 7 dias, a fim de realizar testes de germinação e determinar as características morfológicas das plântulas. Com o efluente da lagoa de maturação foram realizados testes de coagulação/floculação utilizando três tipos de coagulantes, policloreto de alumínio (PAC), Tanfloc SG e a Moringa + KCl, nas dosagens de 1250 mg L-1, 1000 mg L-1 e 5000 mg L-1, respectivamente. Os testes de toxicidade mostraram diferentes efeitos na germinação e no crescimento das plântulas para as diferentes lagoas de tratamento, a diluição da amostra foi diretamente proporcional ao crescimento das plântulas. O processo de coagulação/floculação mostrou-se eficiente na redução da toxicidade pelo fato de a Lactuca sativa apresentar altas taxas de germinação e crescimento da raiz em concentração de 100% (efluente bruto tratado), evidenciando a sua potencialidade como pré-tratamento ao processo biológico. Constatou-se que a semente de alface é um ótimo bioindicador, mostrando que mesmo utilizando o sistema de lagoas, o efluente ainda continua tóxico, sendo necessário o tratamento por coagulação/floculação. A execução deste trabalho pode auxiliar na identificação de oportunidades de melhorias e alternativas para a operação da estação de tratamento de efluentes de aterros sanitários em outros municípios.