Débora Vieira Belchior, Alessandra Honório Boroski, Janaína Cristina Pasquini de Almeida, Jaqueline Lemos de Oliveira, Luciana Barizon Luchesi, J. D. Souza
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Abstract
Objetivo: analisar a atuação da Enfermagem junto a pacientes com transtornos alimentares em filmes sobre o assunto. Método: trata-se de um estudo descritivo-exploratório desenvolvido a partir de dados secundários. Utilizaram-se a base de dados cinematográfica Internet Move Database e descritores em português e inglês, que foram: “anorexia”, “bulimia” e/ou “transtornos alimentares”. Adotaram-se como critérios de inclusão: criações audiovisuais produzidas entre 1998 e 2020; o conteúdo estar disponível nas plataformas de streaming elencadas; as criações terem áudio e/ou legendas em português; e o filme ter alguma cena com o profissional de Enfermagem. Seis mídias atenderam a esses critérios e foram analisadas a partir de um roteiro que investiga a abordagem da Enfermagem no tratamento dos transtornos alimentares. Para elencar a produção mais indicada para finalidade didática, foram considerados seis critérios objetivos. Resultados: a maioria dos enredos veiculou a Enfermagem de modo estereotipado e com pouca autonomia, além de atribuir uma postura de “mau” ou “bom ajudante do médico” a esses profissionais. Embora nenhum enredo tenha atendido a todos os critérios objetivos de maneira satisfatória, a produção audiovisual que correspondeu à maior parte dos critérios foi aquela indicada para a finalidade didática. Conclusão: as produções, de um modo geral, condizem mais com o modelo médico assistencialista, na qual o enfermeiro desenvolve ações de prevalência tecnicistas, de supervisão e desintegradas da equipe multiprofissional em detrimento do modelo biopsicossocial, o qual demanda raciocínio clínico, pensamento crítico e conhecimento científico fundamentado.