Karla Mylleane Silva Oliveira, Ângelo Alves Corrêa, F. Silva
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Abstract
Neste artigo apresentamos um experimento de análise morfológica, realizado a partir de preceitos da Morfometria Geométrica em vasilhas cerâmicas Asurini, do Xingu. Nosso objetivo é fomentar discussões sobre a construção de um protocolo de captura automática de perfil cerâmico, de baixo custo e complexidade, com alto grau de confiabilidade. Deste modo, com o auxílio de ferramentas da morfometria geométrica, buscamos capturar informações matemáticas de perfis de exemplares cerâmicos de alta variabilidade, e compará-los entre si. Para tal tarefa, adequamos o protocolo de execução a contextos não biológicos, no qual efetuamos uma dispersão de pontos de referência de modo arbitrário, aplicada igualmente a todos os exemplares. Com isso, efetuamos uma coleta de informações baseada em pixels de imagem. Os resultados confirmaram que a análise de representações digitais de artefatos usando a morfometria geométrica permite classificações semelhantes àquelas utilizadas pelos grupos sociais que os produziram. Além disso, tal análise pode fornecer indícios sobre possíveis mudanças de função e manutenção na morfologia de vasilhas cerâmicas. Isso demonstra o quanto análises exploratórias por meio de ferramentas digitais podem auxiliar na compreensão de mudanças e permanências nos conjuntos artefatuais. A análise explanatória proporcionada por este experimento se colocou como um passo relevante na construção de um algoritmo para análise morfológica automatizada, alinhada a um programa continuado de restituição histórica de longa duração dos povos associados ao tronco linguístico Tupi.