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O artigo tem como objetivo problematizar a conceituação dos processos de subjetivação por meio da análise das políticas públicas de memória. Argumentar-se-á que tais políticas, como têm sido praticadas nas democracias contemporâneas herdeiras de regimes autoritários, a saber, por meio de uma lógica de cálculos e estratégias utilizadas para conduzir a ação dos indivíduos, configuram regimes de congelamento do agir. Utilizar-se-á como objeto central do caso da Vala Clandestina de Perus. A proposição central é a de que, ao mesmo passo em que trazem alguma diminuição para o sofrimento dos atingidos, essas políticas produzem um regime de rarefação da criação de novos processos de subjetivação.