Camélia Santina Murgo, L. Canha, Maria Celeste Rocha Simões, A. P. D. Melo
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Para tanto, são destacados achados da literatura, que trazem relatos de intervenções direcionados para o reconhecimento de potencialidades, desenvolvimento da autonomia e promoção de comportamentos habilidosos para o enfrentamento de situações dificultosas que possam se fazer presentes na etapa de transição da adolescência para a vida adulta. Tratam-se de propostas interventivas que favorecem processos de resiliência e que apontam para o fato de que ações dessa natureza devem abordar os contextos de vida dos adolescentes e pessoas a eles diretamente relacionadas de forma a garantir uma diminuição dos riscos e promover uma ativação dos recursos de apoio. 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Processos de Resiliência na Transição para Vida Adulta de Adolescentes com Deficiência
É reconhecido na literatura o impacto que a resiliência tem no futuro de adolescentes com deficiência. Mais especificamente, tem-se discutido o significado deste conceito no contexto da transição da adolescência para a vida adulta. Isso porque os períodos de transição podem representar exposição a vulnerabilidade e riscos potenciais tendo em vista que exigem das pessoas uma reorganização estrutural e funcional. Algumas transições, como é o caso da entrada e da saída da adolescência são especialmente significativas e desafiantes. Assim, este estudo tem como objetivo discutir, a partir de aportes teóricos e estudos empíricos, como a resiliência favorece o enfrentamento das situações adversas ocorridas na vida de adolescentes nesta transição. Para tanto, são destacados achados da literatura, que trazem relatos de intervenções direcionados para o reconhecimento de potencialidades, desenvolvimento da autonomia e promoção de comportamentos habilidosos para o enfrentamento de situações dificultosas que possam se fazer presentes na etapa de transição da adolescência para a vida adulta. Tratam-se de propostas interventivas que favorecem processos de resiliência e que apontam para o fato de que ações dessa natureza devem abordar os contextos de vida dos adolescentes e pessoas a eles diretamente relacionadas de forma a garantir uma diminuição dos riscos e promover uma ativação dos recursos de apoio. São, no entanto, recomendadas novas investigações que se proponham a investigar de forma mais sistematizada, a viabilidade e eficácia de modelos interventivos a fim de que possam ser seguramente replicados e com isso se alcance um número mais expressivo de adolescentes com deficiência na sua diversidade sendo devidamente apoiados em seu momento de transição.