Éder de Souza Beirão, Darcy Ramos da Silva Neto, Sibele Vasconcelos de Oliveira
{"title":"新自由主义政策下的社会政策与宏观经济控制","authors":"Éder de Souza Beirão, Darcy Ramos da Silva Neto, Sibele Vasconcelos de Oliveira","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Desde a instituição da Nova República, o Brasil experenciou a ascensão de equipes de gestão macroeconômica orientadas pelas diferentes vertentes teórico-partidárias. Em síntese, na década de 1990, os governos do Brasil adotaram as políticas neoliberais, que priorizaram a contenção dos gastos públicos sociais, privatizações e a descentralização na política social. Já na década de 2000, com o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e início da gestão de Luís Inácio Lula da Silva, houve um movimento de ruptura política. Com o segundo mandato do ex-presidente Lula, iniciado em 2006, surgiu o fenômeno político do lulismo, que reuniu uma série de políticas que tornaram possível a redução da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a ativação do mercado interno brasileiro, mantendo-se estabilizados os interesses neoliberais já adotados pela política econômica do governo FHC. Destarte, o presente estudo visa ao debate sobre as diferenças e semelhanças da abordagem das questões sociais na política neoliberal e no lulismo. Para tal fim, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Dentre os principais descompassos entre as políticas neoliberais e o lulismo, cita-se que o primeiro modelo não priorizou o investimento às questões sociais (como em saúde e educação), enquanto o lulismo ampliou investimentos em políticas sociais redistributivas e em educação. O foco no alcance das metas da inflação, a adoção do sistema de câmbio flutuante e superávit primário nas contas públicas são observados em ambos os perfis de governo, em um compromisso com a estabilidade macroeconômica.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"POLÍTICAS SOCIAIS E CONTROLE MACROECONÔMICO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS E NO LULISMO\",\"authors\":\"Éder de Souza Beirão, Darcy Ramos da Silva Neto, Sibele Vasconcelos de Oliveira\",\"doi\":\"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Desde a instituição da Nova República, o Brasil experenciou a ascensão de equipes de gestão macroeconômica orientadas pelas diferentes vertentes teórico-partidárias. Em síntese, na década de 1990, os governos do Brasil adotaram as políticas neoliberais, que priorizaram a contenção dos gastos públicos sociais, privatizações e a descentralização na política social. Já na década de 2000, com o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e início da gestão de Luís Inácio Lula da Silva, houve um movimento de ruptura política. Com o segundo mandato do ex-presidente Lula, iniciado em 2006, surgiu o fenômeno político do lulismo, que reuniu uma série de políticas que tornaram possível a redução da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a ativação do mercado interno brasileiro, mantendo-se estabilizados os interesses neoliberais já adotados pela política econômica do governo FHC. Destarte, o presente estudo visa ao debate sobre as diferenças e semelhanças da abordagem das questões sociais na política neoliberal e no lulismo. Para tal fim, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Dentre os principais descompassos entre as políticas neoliberais e o lulismo, cita-se que o primeiro modelo não priorizou o investimento às questões sociais (como em saúde e educação), enquanto o lulismo ampliou investimentos em políticas sociais redistributivas e em educação. O foco no alcance das metas da inflação, a adoção do sistema de câmbio flutuante e superávit primário nas contas públicas são observados em ambos os perfis de governo, em um compromisso com a estabilidade macroeconômica.\",\"PeriodicalId\":330492,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho\",\"volume\":\"27 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-06-07\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
自新共和国成立以来,巴西经历了宏观经济管理团队的崛起,由不同的理论和政党方向指导。总而言之,在20世纪90年代,巴西政府采取了新自由主义政策,优先控制社会公共支出、私有化和社会政策的权力下放。在21世纪初,随着费尔南多·恩里克·卡多索(FHC)任期的结束和luis inacio卢拉·达席尔瓦(luis inacio Lula da Silva)政府的开始,出现了一场政治分裂运动。的第二个任期前总统卢拉,2006年开始出现了lulismo的政治现象,组织了一系列可能的政策减少贫困和社会不平等,以及激活巴西国内市场保持稳定,新自由主义利益已经出政府所采取的经济政策。因此,本研究旨在探讨新自由主义政治与卢拉主义在社会问题上的异同。为此,进行了文献和文献研究。在新自由主义政策和卢卢主义之间的主要不匹配中,可以引用的是,第一种模式没有优先投资于社会问题(如卫生和教育),而卢卢主义扩大了对再分配社会政策和教育的投资。两国政府都致力于实现通货膨胀目标、采用浮动汇率制度和公共帐户的基本盈余。
POLÍTICAS SOCIAIS E CONTROLE MACROECONÔMICO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS E NO LULISMO
Desde a instituição da Nova República, o Brasil experenciou a ascensão de equipes de gestão macroeconômica orientadas pelas diferentes vertentes teórico-partidárias. Em síntese, na década de 1990, os governos do Brasil adotaram as políticas neoliberais, que priorizaram a contenção dos gastos públicos sociais, privatizações e a descentralização na política social. Já na década de 2000, com o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e início da gestão de Luís Inácio Lula da Silva, houve um movimento de ruptura política. Com o segundo mandato do ex-presidente Lula, iniciado em 2006, surgiu o fenômeno político do lulismo, que reuniu uma série de políticas que tornaram possível a redução da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a ativação do mercado interno brasileiro, mantendo-se estabilizados os interesses neoliberais já adotados pela política econômica do governo FHC. Destarte, o presente estudo visa ao debate sobre as diferenças e semelhanças da abordagem das questões sociais na política neoliberal e no lulismo. Para tal fim, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Dentre os principais descompassos entre as políticas neoliberais e o lulismo, cita-se que o primeiro modelo não priorizou o investimento às questões sociais (como em saúde e educação), enquanto o lulismo ampliou investimentos em políticas sociais redistributivas e em educação. O foco no alcance das metas da inflação, a adoção do sistema de câmbio flutuante e superávit primário nas contas públicas são observados em ambos os perfis de governo, em um compromisso com a estabilidade macroeconômica.