Maria Carolina da Silva Caldeira, Camila Camilozzi Alves Costa de Albuquerque Araújo, A. Alves
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Como as recomendações e prescrições dos profissionais da área da saúde chegam até uma escola de ensino fundamental brasileira e o que essas informações apontam sobre a medicalização no espaço escolar? É em torno dessas questões que este artigo se organiza. Utilizando como metodologia a análise documental, buscou-se investigar quais são os encaminhamentos e os relatórios produzidos por uma escola pública de Ensino Fundamental, pertencente à rede de Colégios de Aplicação, no Brasil, e que tensões a escola vivencia na relação com os profissionais externos. Em termos gerais, os resultados evidenciam um processo de medicalização se consolidando na escola, conforme apontam as análises das prescrições de medicamentos, as áreas para as quais são feitos os encaminhamentos e as recomendações dos profissionais de saúde feitas à escola. Observa-se também que há tensões em torno da medicalização, o que se materializa pelas dúvidas que os diagnósticos suscitam, nomeadamente quanto às indicações de ordem pedagógica que tentam dizer à escola o que é correto ou não em relação aos/às estudantes-pacientes e pelos efeitos da medicação sobre os/as estudantes, ao mesmo tempo em que há, em alguns casos, uma resistência das famílias em recorrer a esses/as profissionais.
Recebido: 16/07/2020Aceite: 2/12/2020