Anderson Vinicius Nunes De Lima, Paulo Ricardo Sampaio De Sousa
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Dentro desse grupo destacam-se os povos indígenas, com culturas e particularidades distintas entre si e, desse modo, complexos, principalmente no que diz respeito quanto a preservação de suas caraterísticas. A realidade mostra que as diversas lideranças dos povos tradicionais frequentemente interagem com o Estado, porém, a resolução dessas interações é pouco divulgada, além deste fato também é notório a falta de recurso para os órgãos e as entidades paraestatais que cuidam da efetivação dos direitos destes povos. O presente trabalho busca analisar as dificuldades em efetivar a representação dos interesses democráticos dos povos indígenas brasileiros diante do Estado, construindo através do diálogo bibliográfico e análise de dados, um debate sobre a democracia e a participação política dos grupos indígenas, sem desconstruir a sua identidade e cultura, ou transpassar os limites do Estado Democrático de Direito.","PeriodicalId":200931,"journal":{"name":"STUDIES IN MULTIDISCIPLINARY REVIEW","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Participação política dos povos indígenas: autonomia e representatividade\",\"authors\":\"Anderson Vinicius Nunes De Lima, Paulo Ricardo Sampaio De Sousa\",\"doi\":\"10.55034/smrv3n2-004\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A democracia representativa adotada no Brasil tem por força motriz o mecanismo de eleição, pelo qual a maioria escolhe um líder de Estado e Governo, bem como os membros do Legislativo, baseado nos seus interesses e afinidades em comum entre candidato e indivíduo ou grupo. 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Participação política dos povos indígenas: autonomia e representatividade
A democracia representativa adotada no Brasil tem por força motriz o mecanismo de eleição, pelo qual a maioria escolhe um líder de Estado e Governo, bem como os membros do Legislativo, baseado nos seus interesses e afinidades em comum entre candidato e indivíduo ou grupo. A questão desse sistema é a falta de representatividade da diversidade social brasileira nas cúpulas de governo, uma vez que os candidatos eleitos não integram a variedade de experiências, dificuldades e necessidades de toda a população, tornando o Estado distante das realidades vivenciadas, principalmente pelas minorias sociais. Diante dessa realidade, os grupos com menos visibilidade midiática tendem a sofrer maiores impactos, posto que a dificuldade vivenciada por estes não é de conhecimento comum. Dentro desse grupo destacam-se os povos indígenas, com culturas e particularidades distintas entre si e, desse modo, complexos, principalmente no que diz respeito quanto a preservação de suas caraterísticas. A realidade mostra que as diversas lideranças dos povos tradicionais frequentemente interagem com o Estado, porém, a resolução dessas interações é pouco divulgada, além deste fato também é notório a falta de recurso para os órgãos e as entidades paraestatais que cuidam da efetivação dos direitos destes povos. O presente trabalho busca analisar as dificuldades em efetivar a representação dos interesses democráticos dos povos indígenas brasileiros diante do Estado, construindo através do diálogo bibliográfico e análise de dados, um debate sobre a democracia e a participação política dos grupos indígenas, sem desconstruir a sua identidade e cultura, ou transpassar os limites do Estado Democrático de Direito.